MATERNIDADE EVANGELINA ROSA HOJE É O SÍMBOLO DA INCERTEZA E DA MORTE:
“EU SOU UMA DAS MÃES QUE NÃO SAIU COM MEU BEBÊ NOS BRAÇOS”
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O SANGUE ESTARIA NAS MÃOS DE MUITOS
Diretor-geral da combalida maternidade Dona Evangelina Rosa - que exala cheiro de morte -, o senhor Francisco de Macêdo Neto informou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que um dos principais entraves para não obter em tempo hábil, medicamentos, material hospitalar, e alimentação, como carne, “é a morosidade nos processos licitatórios que dificultam o regular abastecimento”.
Pior. Segundo ele, o “agravamento da situação se deu com o cancelamento por parte da Secretaria de Administração e Previdência da delegação para que a Maternidade Dona Evangelina Rosa pudesse licitar”. E, como a Secretaria de Saúde é lenta, a situação é a que se desenha.
É o que consta de documentos de posse do Blog Bastidores encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) em face de defesa em processo que imputa ao diretor-geral a total responsabilidade pelo descalabro existente na instituição de saúde.
ESTADO SEM EFICIÊNCIA E PLANEJAMENTO
Na peça encaminhada à Corte de Contas, o diretor-geral da maternidade informa ainda que em reunião com membros das Secretarias de Planejamento, de Saúde, e de Administração foi informado a situação preocupante por que passava a maternidade.
“Fora informado na reunião a iminente possibilidade de desabastecimento em razão da finalização de estoques de materiais médico-hospitalares, causados pela dificuldade em reposição, e do aumento do consumo desses insumos, devido à abertura de novos espaços de assistência, incluindo 10 leitos de UTI neonatal”, acresce, através do seu advogado, na peça em questão. O documento é datado de 17 de julho deste ano.
“Ressalta-se que foram criados e/ou ampliados no âmbito da MDER, diversos serviços que ainda não foram habilitados, a exemplo da casa de gestante, Bebê e Puérpera (20 leitos), Unidade de Terapia Intensiva Adulto (06 leitos), e Rede de Atenção Psicossocial (06 leitos), cuja liberação para efetuar cobrança via Sistema Único de Saúde, depende da publicação em Diário Oficial pelo Ministério da Saúde”, repassou à época.
“EU SOU UMA DAS MÃES QUE NÃO SAÍRAM COM MEU BEBÊ NOS BRAÇOS”
Uma mãe chegou a desabafar: “Pois é, eu fui uma delas que não conseguiu sair com meu filho nos braços. Meu bebê (es)tava entre essas 29 crianças mortas”.
O comentário da mãe foi precedido por outro, não menos chocante: “Triste realidade. Um local que deveria ser para trazer alegria a uma família, agora é local de extrema tristeza pois nem todas as mães conseguem sair com seus filhos com vida! Muito triste a realidade dessa maternidade”.
Fonte: 180graus
Por Rômulo Rocha – Do Blog Bastidores
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