5 de out. de 2018

Multidão:Procissão de São Francisco em Parnaíba consolida o turismo religioso na região

Já não são apenas os fiéis parnaibanos que acompanham todos os anos, neste dia – 4 de outubro, a procissão de São Francisco. São centenas de católicos, vindos de outras paragens, principalmente de cidades vizinhas do Ceará e Maranhão, que se comprimem em frente a igreja, esperando a saída da procissão, que percorre várias ruas e avenidas da cidade, com devotos pagando promessas, das mais diferentes formas. Hoje, quinta-feira, não foi diferente. Enquanto a procissão seguia as crianças faziam encenações e distribuíam água. 
É a fé naquele que foi exemplo de humildade e desprendimento: São Francisco de Assis, o padroeiro dos animais e da natureza, também conhecido por ser o santo dos pobres. Este ano, mais uma vez, repetiu-se a tradição, quando uma multidão seguiu em oração a imagem de São Francisco carregada em andor, cercado de padres e fiéis.
Desde o ano de 1946 a igreja de São Sebastião passou a sediar o convento dos frades capuchinhos. Desde então, as festividades em alusão a São Francisco se iniciaram por ali também. “Com a ajuda do povo de Deus essa festa foi crescendo a cada ano e hoje em dia o que temos é um grande encontro que a nível de nordeste só fica atrás de Canindé, no Ceará”, disse certa época um frei, em entrevista a uma emissora de televisão.
A HISTÓRIA
São Francisco de Assis  nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da Provença.  Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito menos os estudos. O que ele queria mesmo era se divertir. Porém, São Boaventura, seu contemporâneo, escreveu sobre ele: “Mas, com o auxílio divino, jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua companhia”.

Vida de São Francisco

Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele “servir ao amor e ao Servo”. Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu coração a necessidade de vender seus bens e comprar a pérola preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.
Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que se encontravam nos hospitais. Aos pobres presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que estivesse no momento.
TEXTO: Bernardo Silva
FOTOS: Camila Neto

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