Depois da breve correção na véspera, o dólar voltou a fechar em queda ante o real, ajudado pelo cenário favorável a divisas emergentes no exterior e ainda sob influência do otimismo com a eleição presidencial doméstica, que também garantiu a quinta semana seguida em baixa.
O dólar recuou 0,28 por cento, a 3,7147 reais na venda, acumulando, na semana, baixa de 1,70 por cento.
A moeda norte-americana fechou as últimas cinco semanas em baixa, período em que o dólar ficou 10,85 por cento mais barato em reais. No movimento de correção da véspera, a moeda havia subido 1,16 por cento, a 3,7250 reais.
Na mínima da sessão, o dólar chegou a ultrapassar 1 por cento de retração, a 3,6878 reais. Na máxima, foi a 3,7272 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,3 por cento.
"Há potencial para o dólar cair mais e beliscar os 3,50 reais com as eleições, dependendo dos nomes da equipe técnica" do futuro presidente, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
Levantamento Datafolha divulgado na véspera mostrou que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tem 59 por cento dos votos válidos, contra 41 por cento do petista Fernando Haddad, ratificando um cenário apontado por outras pesquisas desde o primeiro turno.
Ainda segundo o instituto, Haddad apresenta uma taxa de rejeição de 54 por cento, enquanto Bolsonaro tem 41 por cento.
Levantamento da XP Investimentos divulgado nesta sessão também confirmam a dianteira de Bolsonaro, com Bolsonaro 16 pontos à frente de Haddad.
O mercado vê com bons olhos os resultados das pesquisas uma vez que considera que o candidato com mais chances de implementar uma agenda reformista seria Bolsonaro (PSL), devido principalmente à sua escolha de Paulo Guedes como principal assessor econômico.
Fonte: Reuters
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