23 de out. de 2018

Bolsonaro diz que combaterá a política do "coitadismo" e nega que prejudicará o Piauí

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, garantiu em entrevista exclusiva à TV Cidade Verde que combaterá a política do "coitadismo", falou sobre a polêmica do WhatsApp e destacou projetos para o Piauí, caso seja eleito no próximo domingo, dia 28.  


A entrevista foi concedida do seu apartamento no Rio de Janeiro ao jornalista Joelson Giordani. Desde o atentado, o candidato do PSL suspendeu agenda de rua e de forma limitada recebe imprensa e autoridades políticas. 
Preconceito
Para Jair Bolsonaro, as políticas afirmativas que batizou de "coitadismo" reafirmam o preconceito.
"...estão se moldando o caráter. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do Nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso", disse Bolsonaro em entrevista veiculada nesta terça-feira (23), no Jornal do Piauí. 
O candidato condenou também as políticas de cotas e disse que é uma maneira de dividir a sociedade.
"Não devemos ter classe social por questões de cor de pele, por opção sexual. Somos todos iguais perante a lei", disse.
O atentado
Bolsonaro contou na entrevista com o Joelson Giordani que o atentado mudou sua rotina de vida e comparou com a do juiz Sérgio Moro por não pode sair de casa livremente, mas considerou a missão uma "causa justa". 
Ele disse ainda que durante a campanha temia um ato de violência. "...Essa possibilidade já estava no nosso radar, um ato de violência, uma pedrada, mas não uma facada".
Polêmica WhatsApp
Bolsonaro atacou o jornal Folha de São Paulo e disse que é uma matéria "plantada" e negou as acusações de que sua campanha fez disparo em massa no WhatsApp contra o candidato do PT, Fernando Haddad. 
"Não tenho qualquer contato com empresário e nunca pedi para ninguém fazer isso", disse. Ele garantiu que nunca fez um impulsionamento anti-PT na sua rede social. 
"Para derrotar o PT não precisa de fake news. Você derrota o PT com verdades".
Relação com o governador Wellington Dias
O candidato negou que fará perseguição ao governador Wellington Dias (PT). 
"Não podemos prejudicar o povo do Piauí, qualquer estado que seja, porque tem um governador que não se alinhe ideologicamente  conosco. Vamos tratar todos os estados de forma republicana". 
Projetos para o Piauí
Na entrevista, o candidato garantiu que vai trabalhar para alavancar o Agronegócio no Piauí e levar segurança jurídica ao campo. Bolsonaro também se comprometeu em ajudar o turismo do estado e a construção do Porto.
Sobre o MST, o candidato deixou claro que vai trata-lo como ação de terrorismo.
"Ações do MST serão tipificadas como terrorismo. Esse pessoal não pode continuar levando terror ao campo e ficar imune em nome do movimento social".
Por Yala Sena
yalasena@cidadeverde.com 

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