12 de set. de 2018

Superintendente de Cultura preocupado com abandono prédios antigos do centro da cidade

Na avaliação do atual superintendente municipal de Cultura, Albert Piauhy, Parnaíba não assimilou ainda o tombamento de seu patrimônio histórico, ocorrido há 10 anos, razão pela qual ninguém se importa com a situação dos velhos casarões existentes no centro da cidade, que estão abandonados, caindo. “Tem gente que deseja fazer especulação imobiliária que tem ódio desse tombamento”, disse o superintendente, que foi a Teresina na passada semana para uma audiência com a diretora do IPHAN nacional, Sandra Correa, para informá-la da situação dos prédios históricos da cidade.
Vou dizer a ela que temos que ser mais firmes, fazer campanhas educativas e fazer projetos de restauração dos prédios de Parnaíba; perguntar como devemos proceder, fazer parceria com o Iphan, governo federal e buscar recursos. Parnaíba tem que estar com esta área (centro histórico) sempre em recuperação, terminando um prédio e começando outro”, defende Albert Piauhy, lembrando que a função do Iphan é de apenas fiscalizar. “Quem tem que cuidar do seu patrimônio histórico é o município, através da superintendência de cultura”.
Ele disse que quando assumiu a superintendência chamou para si a responsabilidade do patrimônio cultural da cidade, “porque temos que começar a cuidar do que é nosso”, disse, informando que domingo último esteve com o ex-prefeito de Parnaíba, Paulo Eudes, em vários pontos onde existem casarões antigos que foram adquiridos pela prefeitura na gestão do ex-prefeito, atual secretário do Meio Ambiente e Setor Primário. “Contabilizei 16 bens adquiridos por ele, para o município, deixados com uma lei aprovada pela câmara, indicando a função de cada imóvel. Infelizmente os 2 prefeitos que o sucederam, nos últimos 12 anos, nada fizeram o que contribuiu para que os prédios chegassem à situação deplorável de depredação em que se encontram”, destacou Albert.
Para o superintendente, todos devem se unir: autoridades, artistas, intelectuais, produtores de cultura, “em defesa desse patrimônio. É preciso falar, reclamar e até chorar, porque às vezes dá vontade. A cidade é linda, em todo o seu entorno; com um povo maravilhoso, por isso temos que cuidar”, pontua Piauhy, chamando a atenção para a ação dos drogados que arrancam portas, janelas, telhas, para vender e comprar drogas. E ninguém se importa. “O município vai cuidar do que é seu para ter moral de cobrar dos particulares”, enfatiza.
Fonte: Jornal “Tribuna do Litoral”; Fotos:Camila Neto
Edição:Blogdobsilva

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