Fernando Santos, Promotor de Justiça |
Durante as investigações da operação Itaorna, deflagrada nesta quarta-feira (12/08), foi descoberto que um morto servia como laranja e ganhava licitações milionárias. Secretarias do Governo e empresas foram alvo da ação policial.
Construtora Crescer já movimentou R$ 13 milhões |
A operação se deu pelo Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da 44ª Promotoria de Justiça de Teresina, do Tribunal de Contas do Estado, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado no Piauí (Gaeco) e da Polícia Rodoviária Federal.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Teresina, nas sedes da Secretaria de Turismo, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI), Coordenadorias de Desenvolvimento Social e Lazer, Coordenadoria de Combate à Pobreza Rural, na Construtora Crescer e na residência dos sócios.
Inaldo Oliveira, auditor de controle externo do TCE |
Segundo o promotor de justiça Fernando Santos, existe um inquérito civil para apurar as inrregularidades do empréstimo do Finisa I e foram auditados também os empréstimos do Finisa II, onde foram encontradas irregularidades nos processos.
"Foi constatado que a empresa, Construtora Crescer, no mínimo, não tem capacidade operacional para celebrar contratos ou para participar e vencer licitações", disse Fernando Santos. "Acreditamos que possa estar havendo também esquema de lavagem de dinheiro na aplicação dos recursos adquiridos", completou.
Ainda de acordo com Inaldo Oliveira, auditor de controle externo do TCE, em quatros anos de funcionamento a empresa se quer mudou sua fachada, mesmo recebendo recursos milionários.
"Passamos a avaliar todos os sócios da empresa, ela que foi aberta em 2006 e em 2011 entrou um novo que permaneceu até 2016 e quando consultamos essa pessoa, ela estava morta desde 15 de janeiro de 2014. Foi assassinado no Balão da Tabuleta, Zona Sul de Teresina", explicou Inaldo.
O sócio morto foi identificado como Edinael Moreira e mesmo depois de morto, ainda assinava atas de participações de licitações em 2016.
Ainda de acordo com o auditor, a empresa já movimentou ao todo cerca de R$ 13 milhões.
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