18 de set. de 2018

Ministro da Segurança Pública diz que presidenciáveis serão monitorados por GPS

Raul Jungmann afirmou que dispositivo será transportado pela PF ou por integrante das campanhas. Segundo ele, governo montará centro para monitorar atos relacionados às eleições.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann — Foto: Guilherme Mazui, G1
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann — Foto: Guilherme Mazui, G1
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta terça-feira (18) que os candidatos à Presidência da República serão monitorados por GPS. De acordo com o ministro, o GPS ficará com a Polícia Federal (PF) – que é responsável pela segurança dos candidatos ao Palácio do Planalto – ou com algum integrante da equipe de campanha dos presidenciáveis.
A iniciativa, segundo Jungmann, fará parte de um centro de controle e inteligência para monitorar eventos relacionados às eleições deste ano. A expectativa do governo é de que o centro de inteligência seja inaugurado sete dias antes do primeiro turno das eleições, que ocorrerá em 7 de outubro.
“Nós vamos saber online o que estará acontecendo, onde tem conflitos, onde há necessidade de a Polícia Federal estar lá. Nós vamos colocar GPS acompanhando todos os candidatos presidenciais. Vamos saber onde eles se encontram”, afirmou Jungmann após uma reunião com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber.
O titular da pasta da Segurança Pública disse aos jornalistas que a ferramenta de rastreamento via satélite vai permitir, por exemplo, deslocamento mais ágil da polícia para locais onde forem registrados conflitos.
Jugmann ressaltou ainda que a PF está montando um banco de dados para ajudar o TSE a identificar eventuais candidaturas que tenham ligação com o crime organizado. Segundo ele, o objetivo é evitar a formação de uma "bancada do crime".
“Nós não podemos permitir a formação de uma bancada do crime. E se por acaso eles vierem a se eleger nós precisamos cassá-los. E puni-los. Porque não há lugar para criminoso e facção criminosa na representação na soberania popular”.
Investigações sobre ataque
raul Jungmann afirmou que a Polícia Federal deve concluir em até 15 dias o inquérito que investiga o ataque à faca sofrido pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no início do mês.
O autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso no mesmo dia. O ministro da Segurança Pública disse que, se houver indícios da participação de outras pessoas, será aberta nova investigação para esclarecer o caso.
“Nós, se necessário, abriremos uma segunda investigação para apurar todo e qualquer indício e, se qualquer possibilidade de coautoria existir, evidentemente, que vamos trazer a conhecimento de vocês e a toda sociedade”.

(G1)

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