Qual seriam as consequências de um incêndio de grandes proporções no Casarão Simplício Dias ou na Igreja de Nossa Senhora da Divina Graça?
Incêndio destruiu em 2015 o depósito da Seduc em Parnaíba. O prédio foi tombado pelo Iphan em 2011 |
O mundo ficou estarrecido no início da noite deste domingo (02) quando as TV`s começaram a noticiar o incêndio ocorrido no Museu Nacional no Rio de Janeiro. Viraram chamas, fumaça e cinzas 200 anos de trabalho e séculos da história do Brasil guardados na mais antiga instituição científica do Brasil e dona do maior acervo de história natural da América Latina, com mais de 20 milhões de itens.
Os bombeiros do Rio de Janeiro tiveram grandes dificuldades para apagar o incêndio. Foram horas enfrentando falta de água, hidrantes que não funcionavam. Agora imaginemos se fosse um prédio histórico do centro em Parnaíba do porte do Cassarão Simplício Dias, Casa Inglesa, onde a infraestrutura para o combate ao incêndio é praticamente nenhuma.
O prédio onde funcionava o depósito da Seduc, incendiado em 2015 virou escombros e até hoje não foi recuperado. |
O conjunto histórico e paisagístico de Parnaíba contém cerca de 830 imóveis tombados pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2011 e que estão divididos em cinco setores: Porto das Barcas, Praça da Graça, Praça Santo Antônio, Estação Ferroviária e Avenida Getúlio Vargas. Essa fragmentação foi definida de acordo com as características arquitetônicas e urbanísticas de cada monumento.
A única vez que um incêndio atingiu um prédio histórico em Parnaíba, o resultado foi catastrófico. Em 04 de dezembro de 2015 um incêndio de grandes proporções atingiu um depósito da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Parnaíba que funcionava em uma das dependências da antiga Estrada de Ferro Central Piauí, o prédio que era tombado pelo Iphan, ficou totalmente destruído e nunca mais foi recuperado.
E se o incêndio fosse num prédio histórico do centro de Parnaíba tombado pelo Iphan? |
Nossos gestores públicos precisam pensar nisso para não serem pegos novamente de surpresa e novos prejuízos para nossa história urbanística e arquitetônica não volte a sofrer destruição.
Por José Wilson | Jornal da Parnaíba
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