4 de ago. de 2018

Deu no AZ - Valei-me, São João!

É muito mais profundo o esquema dito criminoso descoberto na Secretaria Estadual da Educação com suspeita de fraude nas licitações do transporte escolar. Porque muitas das empresas envolvidas passaram a atuar em quase todo o Estado, falsificando o processo de tomada de preços, certamente com a conivência dos gestores municipais, para nem sempre fornecer os carros alugados. O que chama a atenção, de acordo com investigações que datam de quase cinco anos, são os espetaculares sinais de riqueza dos envolvidos, a começar de um certo Luís Carlos, da Locar, em cujas redes sociais ostentava luxo e riqueza, como parecendo viver num outro reino. Juntamente com a mulher, Lana, que, como ele, amarga xilindró, resultante da operação ‘Topique’, deflagrada anteontem pela Polícia Federal. A surpresa em tudo isso é que essa gente era muito simples, de uma pobreza franciscana, até receber a proteção de figuras com poder em vários governos. Não é preciso ir longe, basta se espelhar nos dados fornecidos pelas investigações de que apenas entre 2013 e 2017 os suspeitos receberam quase R$ 300 milhões em apenas 40 prefeituras municipais, sem contar a parte relativa aos recursos federais que passavam pela Seduc. O que se espera é que, ao final, a Polícia Federal também chegue nos gestores porque está claro que nesse esquema criminoso havia a cumplicidade de agentes públicos. E não precisa nem bater cabeça. Basta ver os sinais exteriores de riqueza deles, através das mansões (como dizem existir uma em São João do Piaui), dos carros de luxo, das viagens internacionais como Luís Carlos ostentava (Paris, bela Paris!)e os apartamentos caríssimos em Teresina e em outras capitais. Sigam o dinheiro para chegar a todos eles. 


Modelo antigo?

O governador Wellington Dias se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal que prendeu uma quadrilha especializada em fraudar licitações no transporte escolar na área da Secretaria de Educação. 
Wellington fala num ‘modelo antigo”. 

Corrupção braba

Pelo sim, pelo não, o que se está vendo é uma grossa corrupção  praticada por indivíduos que, até alguns anos, não tinham onde cair mortos (como diz o ditado) e de repente passaram a ostentar verdadeira riqueza. 
Vejam o caso desse chamado Luis Carlos, da Locar. 

Ramificação

Como um grande novelo da meada, cada vez que se puxa o fio, se descobre os rastos deles também no interior. 
Luis Carlos tem esquemas em quase todas as prefeituras. Esquemas milionários, como os que já foram denunciados em São João do Piauí. 
São contratos milionários. E, desconfia-se, assim como na Seduc, nessas cidades ele não está só. 

Valei-me, São João!

Ano passado foi feita denúncia de contrato firmado por Gil Carlos, prefeito de São João do Piauí com a Locar.
A denúncia chegou ao Ministério Público, porque a prefeitura pagou R$ 1,5 milhão de carros locados , sem mostrar o uso dos tais veículos. 

Condecoração

Entre os presos tem gente que foi até condecorada, naturalmente, pelos ‘bons serviços’ prestados à causa.
E tem marido e mulher que ostentavam riqueza nas redes sociais. A felicidade do cara era vista em sua reluzente careca nas viagens à Europa.

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