Cerca de duas semanas atrás tive a honra e o privilégio de estar entre os convidados para uma festa especial: a celebração de 66 anos do casamento de Francisco e Marisa Cajubá. O casamento feliz e sólido é somente um entre os muitos êxitos de um dos mais experimentados e atuantes advogados do Estado do Piauí.
Francisco de Assis Cajubá de Britto, 92 anos, é daquelas pessoas forjadas no melhor material humano possível. Mais que advogado, é um profissional que se voltou a múltiplos interesses. Há mais de seis décadas, quando era muito raro uma pessoa ter formação superior, ele graduou-se em Farmácia, Economia e Direito. Bem se vê, que sempre foi um amigo dos livros, o que lhe confere papel de pessoa organizada, de humanista que sempre se valeu da consulta para conduzir escritos – o que faz dele como que um predecessor de instrumentos de pesquisa da era da informação, como o Google.
Jornalista profissional, advogado militante na comarca de Parnaíba há mais de 50 anos, Francisco de Assis Cajubá de Britto é, antes de tudo, um humanista, alquimista das palavras, preciso no que escreve e no que diz. Isso faz dele um orado nato, tribuno refinado – algo que lhe valeu exitosa passagem pelo Tribunal do Júri ao longo de 15 anos, algo que não surpreende porque na juventude disputava torneios de oratórias com aqueles que viriam a ser os maiores tribunos brasileiros, como Evandro Lins e Silva.
O senso de justiça é certamente outras das virtudes deste advogado, que fez do Direito sua razão de existir e de seguir em frente, sempre na vanguarda. Exemplo desse seguir à frente dá-se no pioneirismo de causas: foi o primeiro advogado piauiense a fazer um divórcio, quando essa era uma ação-tabu.
Com uma invejável capacidade de trabalho, Cajubá mantém até hoje o escritório de advocacia que formou várias gerações de profissionais do Direito, entre os quais seus filhos, Cajubá Neto, ex-presidente da subseção da OAB em Parnaíba, Roberto Cajubá e Ana Sílvia, que herdam do pai as mais notáveis virtudes, sobretudo a ética e o amor ao trabalho e às coisas bem feitas.
Pode-se dizer, aliás, que a exitosa vida e carreira de Francisco de Assis Cajubá de Britto deve-se à dedicação a fazer bem feito tudo o que era pedido ou que ele próprio se impunha realizar. Assim, graças à sua pertinácia atuou também como um empreendedor e líder empresarial. Como sócio da empresa Francisco de Assis Cajubá de Briito & Cia. Ltda., foi presidente da Associação Comercial de Parnaíba, dirigente da Federação do Comércio, do Sindicato dos Produtores de Sal do Estado do Piauí e do Sindicato dos Atacadistas de Gêneros Alimentícios de Parnaíba.
A condição de empreendedor e líder empresarial não criou embargo para que ele se dedicasse ao magistério, atividade profissional exigente em tempo e dedicação. Assim, ele fez-se professor dos Colégios Parnaíbano e Nossa Senhora das Graças e foi um dos fundadores da Universidade Federal do Piauí, atuando até aposentar-se como professor de Teoria Econômica em Contabilidade Geral do curso de Administração.
A condição especialíssima de professor levou Cajubá a ser ainda um jornalista com artigos publicados em jornais de Teresina e Fortaleza, além de escritor. É coautor do livro “Petições”, publicado em 2003 pela Editora Premius, de Fortaleza. Como pessoa hábil com as palavras é justo que tenha sido reconhecido no mérito e se tornado membro da Academia Parnaibana de Letras e do Instituto Histórico e Genealógico de Parnaíba.
Percebe-se, então, que Francisco de Assis Cajubá de Britto é um homem de muitas qualidades, com ampla visão do mundo, múltiplas atividades. Contudo, é, sobretudo, um grande e admirável advogado, movido pelas trilhas da ética e do compromisso profissional. Justo, a meu entendimento, que nesta semana em que celebramos o Dia do Advogado, esteja ele no centro de nossa atenção.
Álvaro Fernando da Rocha Mota é advogado. Procurador do Estado. Ex-Presidente da OAB-PI. Mestre em Direito pela UFPE. Atual Presidente do Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil.
Francisco de Assis Cajubá de Britto, 92 anos, é daquelas pessoas forjadas no melhor material humano possível. Mais que advogado, é um profissional que se voltou a múltiplos interesses. Há mais de seis décadas, quando era muito raro uma pessoa ter formação superior, ele graduou-se em Farmácia, Economia e Direito. Bem se vê, que sempre foi um amigo dos livros, o que lhe confere papel de pessoa organizada, de humanista que sempre se valeu da consulta para conduzir escritos – o que faz dele como que um predecessor de instrumentos de pesquisa da era da informação, como o Google.
Jornalista profissional, advogado militante na comarca de Parnaíba há mais de 50 anos, Francisco de Assis Cajubá de Britto é, antes de tudo, um humanista, alquimista das palavras, preciso no que escreve e no que diz. Isso faz dele um orado nato, tribuno refinado – algo que lhe valeu exitosa passagem pelo Tribunal do Júri ao longo de 15 anos, algo que não surpreende porque na juventude disputava torneios de oratórias com aqueles que viriam a ser os maiores tribunos brasileiros, como Evandro Lins e Silva.
O senso de justiça é certamente outras das virtudes deste advogado, que fez do Direito sua razão de existir e de seguir em frente, sempre na vanguarda. Exemplo desse seguir à frente dá-se no pioneirismo de causas: foi o primeiro advogado piauiense a fazer um divórcio, quando essa era uma ação-tabu.
Com uma invejável capacidade de trabalho, Cajubá mantém até hoje o escritório de advocacia que formou várias gerações de profissionais do Direito, entre os quais seus filhos, Cajubá Neto, ex-presidente da subseção da OAB em Parnaíba, Roberto Cajubá e Ana Sílvia, que herdam do pai as mais notáveis virtudes, sobretudo a ética e o amor ao trabalho e às coisas bem feitas.
Pode-se dizer, aliás, que a exitosa vida e carreira de Francisco de Assis Cajubá de Britto deve-se à dedicação a fazer bem feito tudo o que era pedido ou que ele próprio se impunha realizar. Assim, graças à sua pertinácia atuou também como um empreendedor e líder empresarial. Como sócio da empresa Francisco de Assis Cajubá de Briito & Cia. Ltda., foi presidente da Associação Comercial de Parnaíba, dirigente da Federação do Comércio, do Sindicato dos Produtores de Sal do Estado do Piauí e do Sindicato dos Atacadistas de Gêneros Alimentícios de Parnaíba.
A condição de empreendedor e líder empresarial não criou embargo para que ele se dedicasse ao magistério, atividade profissional exigente em tempo e dedicação. Assim, ele fez-se professor dos Colégios Parnaíbano e Nossa Senhora das Graças e foi um dos fundadores da Universidade Federal do Piauí, atuando até aposentar-se como professor de Teoria Econômica em Contabilidade Geral do curso de Administração.
A condição especialíssima de professor levou Cajubá a ser ainda um jornalista com artigos publicados em jornais de Teresina e Fortaleza, além de escritor. É coautor do livro “Petições”, publicado em 2003 pela Editora Premius, de Fortaleza. Como pessoa hábil com as palavras é justo que tenha sido reconhecido no mérito e se tornado membro da Academia Parnaibana de Letras e do Instituto Histórico e Genealógico de Parnaíba.
Percebe-se, então, que Francisco de Assis Cajubá de Britto é um homem de muitas qualidades, com ampla visão do mundo, múltiplas atividades. Contudo, é, sobretudo, um grande e admirável advogado, movido pelas trilhas da ética e do compromisso profissional. Justo, a meu entendimento, que nesta semana em que celebramos o Dia do Advogado, esteja ele no centro de nossa atenção.
Álvaro Fernando da Rocha Mota é advogado. Procurador do Estado. Ex-Presidente da OAB-PI. Mestre em Direito pela UFPE. Atual Presidente do Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil.
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