O Ministério Público (MP-PI) entrou com uma ação contra a Secretaria de Estado da Saúde para viabilizar a realização de mutirões de cirurgias em bebês com cardiopatia congênita. O procedimento cirúrgico não é realizado no Piauí e, em dois anos, 19 crianças vieram o óbito em decorrência da doença.
"O Ministério Público ingressou com uma ação civil pública em março de 2017. Em 2018, fez uma proposta de acordo. Ocorreu uma audiência na 1ª vara da Fazenda Pública e que o MP propôs trazer uma médica de Pernambuco e sua equipe para realizar cirurgias sistemáticas", explica Karla Carvalho, promotora de Justiça.
A representante do MP ressalta que a proposta é viável e destaca a experiência exitosa no estado da Paraíba.
"A Paraíba leva essa médica. O certo é que os bebês não têm fila de espera. Por isso propomos para o Piauí", reitera.
A promotora diz que, até o momento, a Secretaria de Estado da Saúde não se pronunciou e que o MP aguarda agora uma decisão judicial.
"A situação é bem grave. A cardiologia no Piauí já é um assunto muito problemático, pois só o Hospital Universitário faz esse procedimento pelo SUS e um hospital particular contratado pelo Estado do Piauí e que amarga um imenso débito. A estruturação do serviço seria a melhor forma para a cardiopatia congênita e cirurgia cardíaca em adultos", frisa Karla Carvalho.
A TV Cidade Verde entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde, mas não obteve resposta.
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