Com a aplicação do projeto Sisteminha, da Embrapa, o esterco de animais vira combustível para a criação do biogás.
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A família do
pescador José Maria do Nascimento mudou de realidade ao iniciar o
reaproveitamento do que antes era descartado. Com a aplicação do projeto
Sisteminha, da Embrapa, o esterco de animais vira combustível para a criação do
biogás e depois adubo na horta que abastece a família.
“Já teve dias em
que minha mulher nem queria acordar, por causa da fome, não tinha o que comer.
Hoje estamos como se fosse no paraíso”, conta o pescador José Maria.
O Sisteminha é
explicado pelo zootecnista da Embrapa, Luiz Carlos Guilherme, que conta como
funciona o processo.
“É um sistema simplificado onde o esterco de galinhas e outras aves,
além de de porquinhos da índia e suínos entram no biodigestor e ocorre a
produção do gás gerando economia. O resíduo é melhorado para complementar a
compostagem, serve para a criação das minhocas, que geram o húmus e esse adubo
é usado no sistema”, diz.
Húmus é rico adubo para cultivo de mudas mais sensíveis que precisam de material tratado. (Foto: Reprodução/TV Clube)
A economia
acontece porque o gás produzido no biodigestor é o metano, que é canalizado e
abastece o fogão da família. A última vez que o pescador comprou um botijão de
gás foi em dezembro de 2017, quando ainda não fazia parte do projeto.
A família explica ainda a importância desse processo para a geração de
alimentos, já que a produção de húmus de forma natural no meio ambiente leva
cerca de 500 anos e, no sistema, não ultrapassa 90 dias.
“É ótimo porque o
adubo precisa ser tratado dessa forma no minhocário, já que não podemos usar o
esterco cru direto na horta, porque queima o solo e as plantas”, diz o
pescador.
Com isso, o que a família come vem da própria horta. O próximo passo é
a instalação de um sistema mais sofisticado, que vai utilizar a água dos
tanques de criação de peixes para ser reaproveitada após passar por um
tratamento.
“Será usada pela família, por visitantes e para a criação dos animais”,
diz o zootecnista Luiz Guilherme.
(G1/PI)
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