É Copa do Mundo e só pensamos em comemorar! Mas para os pets, o período não é tão festivo assim. Pensando nisso, o Bicharada conversou com o veterinário Selmar Moreira que deu dicas para diminuir o sofrimento dos nossos amiguinhos de quatro patas.
Pra começar, os tutores devem saber que o barulho é um incômodo tanto para cães como para gatos.
"Os pets ficam desorientados tanto com o barulho quanto com a claridade dos fogos. Perdem o sentido e orientação no espaço. Por isso, entram em locais que não costumar entrar, se machucam ou saem correndo do espaço onde estão, tentam passar em espaço que não os cabem, raspam com a unha na tentativa de encontrar um lugar para fugir", explica o veterinário, especialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.
Ele acrescenta que a reação dos pets é resultado da supersensibilidade auditiva.
"Essa percepção exagerado dos fogos é por conta da sensibilidade auditiva. Ele podem ouvir até seis vezes mais que os humanos", reitera.
Selmar Moreira cita algumas dicas simples podem ajudar a acalmar o animal. Fechar as janelas do local onde ele está alojado, disponibilizar um esconderijo ou “cabana” com acolchoados (para abafar os estímulos auditivos) e retirar do ambiente móveis ou objetos que contenham pontas ou que sejam de vidro são algumas iniciativas válidas. Uma longa caminhada antes do jogo pode ajudar o cão a ficar mais relaxado.
"É recomendável usar cortinas escuras para evitar a claridade dos fogos de artifício. O tutor deve manter-se tranquilo. Quando o animal percebe que a pessoa está agitada, entende que tem algo errado e fica ainda com mais medo dos fogos", alerta o veterinário que elenca atitudes que devem ser evitadas.
Gatos costumam apresentar imobilidade ou isolamento em momentos de estresse (Foto: Shutterstock)
"Não pegar e não braçar o animal. Isso é uma trasnferência de responsabilidade e o animal não consegue ser responsável pela queima de fogos. Deve-se evitar também falar com ele de forma infantil, pois o animal vai associar com o barulho dos fogos", orienta Moreira.
Se nada disso funcionar, o ideal é procurar um especialista em comportamento animal. Em alguns casos, vale também procurar um veterinário que poderá prescrever medicamentos que amenizem o sofrimento do pet.
É bom lembrar que nem todos os animais têm problema com o barulho dos fogos de artíficio. De toda forma, os tutores devem sempre ficar atentos e observar o comportamento do pet, pois fugas são muito comuns.
(Cidadeverde)1. Evite fugas: Feche bem as portas, janelas e gaiolas. No desespero, os animais tentam escapar;2. Crie um refúgio: Coloque seu bicho num lugar onde ele se sinta seguro. Mantenha a luz acesa e, se ele estiver acostumado, deixe TV e rádio ligados. Converse e dê carinho;3. Solte a coleira: Quando presos, muitos animais morrem por enforcamento, no desespero de fugir dos fogos e rojões. Se precisar isolar o pet, deixe-o fechado num quarto;4. Acalme-o: Homeopatia, florais e acupuntura podem diminuir o medo e a ansiedade do seu animal, mas esses tratamentos devem ser feitos ao longo do ano. Em casos muito graves, converse com o veterinário sobre aplicar um sedativo;5. Proteja a audição: É possível colocar chumaços de algodão nos ouvidos dos cães. Outra opção é levá-los para algum cômodo da casa de onde se escute os estrondos com menos intensidade. Essa última opção é a mais indicada para gatos e, obviamente, pássaros.
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