O bebê Henzo Matheus Pinto morreu no último domingo (08/09) após ficar quase uma semana internado no Hospital Público da cidade de Santo Antônio do Içá, no estado do Amazonas. Ele apresentava vômito e febre e deu entrada na unidade, onde o médico que o atendeu teria prescrevido para a criança uma aplicação de dipirona e 25 miligramas de prometazina, 10 vezes maior que o necessário.
Segundo matéria do G1, o Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) investiga o caso e descobriu que o médico não possui registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou vinculação ao ‘Programa Mais Médicos’, do Governo Federal.
A denúncia ao MPE-AM foi feita pelo pai do bebê, Rômulo Souza. De acordo com ele, após dois dias da aplicação do medicamento e piora do quadro do filho, o médico o chamou para conversar e pediu para revisar a receita. Na cópia, ele ainda escreveu um ponto entre os números 2 e 5, alterando para 2,5 a dose da aplicação e confessou ter errado na prescrição.
Henzo foi transferido para o Hospital do Exército no dia 4 de julho, mas não suportou. A causa da morte do menino foi edema cerebral e hemorragia intracraniana, de acordo com a certidão de óbito.
O Ministério Público do Amazonas se pronunciou e disse que tanto o médico como quem realizou a contratação podem ser penalizados, caso confirmada a ciência do gestor do município, que pode ter de pagar indenização por dano moral.
Já o prefeito de Santo Antônio do Içá, Abraão Magalhães Lasmar, afirmou que o médico não integra o quadro de servidores desde o início do ano, por não ter registro no CRM. Ele estaria na unidade apenas durante dez dias como voluntário para atender a alta demanda de pacientes.
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