3 de jun. de 2018

Identificado como "fake news", Piauí não adere a novo movimento de caminhoneiros

O sistema de monitoramento de redes sociais do Palácio do Planalto identificou um aumento substancial no fluxo de “fake news” sobre uma nova paralisação de caminhoneiros a partir de segunda-feira.
No Piauí, os caminhoneiros da região de Uruçuí, que paralisaram durante o primeiro protesto, dizem que não irão aderir ao movimento, que seria uma fake news.  De acordo com os caminhoneiros piauienses não há mobilização para uma nova greve. A classe estaria satisfeita com o acordo com o governo.
Para impedir que o clima de alarmismo se alastre pelo país, o governo elaborou um plano de segurança e colocou todas as tropas de prontidão. A ordem é agir rapidamente e desmobilizar qualquer concentração que possa vir a surgir nas rodovias. Caso seja necessário, a Lei da Garantia e da Ordem (GLO), em vigor desde 25 de maio, que terminaria na segunda-feira, dia 4, pode ser ampliada, segundo integrantes do gabinete de crise.
Foto: O Globo
Foto: O Globo
Embora considere baixo o risco de um novo levante, o governo está preocupado com a difusão de “fake news” nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e vem investigando autores de vídeos e perfis nas redes sociais que propagam conteúdo inverídico. São esses canais que contribuíram para propagar informações falsas e dificultaram o trabalho das autoridades durante a greve dos caminhoneiros.
O gabinete de crise se reuniu na manhã deste sábado no Planalto e a avaliação é que, com o fim da greve, o abastecimento se aproxima da normalidade, com exceção do gás de cozinha que ainda enfrenta alguma dificuldade no Centro-Oeste. Porém, com a desobstrução do porto de Santos, a expectativa é que a demanda seja atendida rapidamente. O Planalto fará uma nova reunião para analisar o cenário na manhã de domingo.
O risco de uma nova paralisação, segundo fontes do governo, é baixo porque as empresas de transporte, que sustentaram o protesto, não embarcarão em uma nova manifestação. A abertura de mais de 50 inquéritos para investigar empresários do setor, e a aplicação de R$ 339,5 milhões em multas a transportadoras, além da prisão de empresários, deve, na avaliação do governo, afastar as transportadoras de novos protestos.
Alguns líderes de entidades que participaram da paralisação inclusive já gravaram vídeos para serem compartilhados nos grupos de WhatsApp dizendo aos caminhoneiros que a categoria foi atendida pelas propostas apresentadas pelo governo do presidente Michel Temer e que o momento é de retomar o trabalho e normalizar a rotina no país.

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