Os professores que ensinam alunos com necessidades especiais denunciam a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) por descumprimento do edital de contratação. Os salários, além de atrasados, são inferiores ao salário mínimo vigente no País, valor exigido por lei e garantido no edital. Os funcionários também alegam não estarem recebendo os vales-transportes e as gratificações. Em protesto, eles decidiram paralisar suas atividades desde a última quinta-feira (26).
Governador do Piauí Wellington Dias (PT) |
De acordo a professora Raiane Barbosa, existem funcionários que estão de cinco a seis meses com salário em atraso. “No meu caso, não recebi os vales de setembro e nem alguns dias trabalhados em agosto. Também não recebemos o salário de fevereiro, que eles prometeram pagar até dia 20 de abril. Apenas alguns professores receberam”, conta.
Ao todo, 157 servidores foram contratados por meio do processo seletivo no Piauí. Aqueles que entraram em março de 2018 ainda não receberam o salário correspondente aos dias trabalhados, de acordo com a comissão representante dos professores.
Segundo a professora Raiane, a SEDUC alega que, para receber os valores em atraso, é preciso fazer um protocolo. “Como vou protocolar algo que eu fui contratada para receber? Em alguns lugares, como no interior do Estado, não tem onde fazer esse processo de protocolo. Não funciona. É uma situação complicada de se resolver, porque quem está lá não ajuda quem está aqui”, completa.
Contraponto
Procurada pelo ODIA para falar sobre o caso, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), informou que recebeu na última quinta-feira (26) uma comissão que representa o movimento dos profissionais intérpretes de Libras, e na oportunidade informou que o pagamento de fevereiro desses profissionais, através de uma folha suplementar, como foi acordado em reunião anterior, já está sendo pago. Com relação ao auxílio transporte, a Seduc informa que o benefício já foi implantado na folha correspondente ao pedido de cada prestador de serviço. A Secretaria ressalta que será agendada uma nova reunião com membros do movimento e representantes da Controladoria Geral do Estado (CGE).
(O Dia)
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