Os Agentes e Escrivães de Polícia Civil da Delegacia Regional de Parnaíba denunciam o sucateamento da frota de veículos disponíveis para investigações. Segundo a categoria, desde que assumiu o governo, a gestão petista tem reduzido a quase zero a aquisição de veículos para a Polícia Civil.
Desde o governo Wilson Martins, declaram os policiais, entre 2010 e 2014, não são compradas viaturas para a Polícia Civil. No final daquele governo, quando foram entregues 50 viaturas modelo Pálio, sendo que a maioria dos carros utilizados atualmente nas diligências policiais é alugada com empresários de Teresina ou cautelas judiciais, quando é concedida utilização de veículos apreendidos pela justiça para uso policial.
Vale frisar que esta política de locação de veículos é de questionável interesse para a administração pública, “justificada” através de estudos de viabilidade duvidosos, pois geralmente concedida a empresários que detém vínculos pessoais com políticos ou secretários.
Esta medida impacta ainda no orçamento do estado, visto que o valor dos aluguéis é bastante elevado e ao final de alguns meses o dinheiro despendido seria suficiente para comprar veículos novos que durariam por muitos anos na frota das instituições e após algum tempo ainda poderiam ser leiloados, renovando a frota.
Segundo representantes do SINPOLPI na região, os veículos locados precisam ser consertados na capital, ou seja, um elevado gasto com combustível, policiais e diárias para uma simples manutenção de rotina, além do fato de ser um problema quando o carro apresenta defeito em que não se torna possível o deslocamento.
Não raras vezes ocorre de mudar a gestão e os veículos, muitas vezes customizados, serem devolvidos ou até mesmo retidos pelos proprietários por falta de pagamento dos aluguéis, paralisando investigações e demais diligências.
Ademais as viaturas se encontram sem manutenção há quase um ano em todo estado, sendo que até mesmo os veículos conseguidos pelos policiais através de cautelas judiciais estão parados em razão do total descaso por falta de contrato de manutenção básica, como uma simples troca de óleo. Pior ainda é a situação dos pneus, que há mais de um ano não são trocados, sendo inclusive fator decisivo em alguns acidentes já ocorridos, ocasionando perigo a vida e integridade física dos policiais e cidadãos.
Diante desta situação caótica de ausência de condições de trabalho, e em face do descumprimento por parte do governo em sanar problemas como estes, os policiais civis, cansados de solicitar e esperar não tiveram alternativa senão a greve deflagrada a partir do dia 03 de abril.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis – SINPOLPI, até a data de hoje o governo não demonstrou nenhum interesse em resolver os problemas apontados pela Polícia Civil em dissídio coletivo desde 2015 e assim os policiais civis votaram pela permanência da greve até o governo se sensibilize com a situação da população e da Polícia Judiciária.
Vale ressaltar que mesmo com tamanhas dificuldades, a base da Polícia Civil no norte do Estado vem desempenhando um trabalho de excelência, com resolução de diversos crimes e desencadeando várias operações policiais. Ressalte-se que muitas dessas operações se devem ao esforço diuturno dos policiais, tendo normalmente que agir de improviso para conseguir elucidar casos que tanto afligem a população.
Fonte: SINPOLPI. Fotos: SINPOLPI. Edição: APM Notícias.
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