Blog do Pessoa: Ministério Público receberá população de Parnaíba para tratar da greve da Polícia Civil


28 de mai. de 2018

Ministério Público receberá população de Parnaíba para tratar da greve da Polícia Civil

A 5ª Promotoria de Justiça de Parnaíba tomou diversas providências no intuito de contribuir para que fique assegurada a continuidade dos serviços de polícia judiciária, atualmente prejudicados por conta da greve de agentes e escrivães. O movimento paredista teve início nos primeiros dias do mês de abril, e já dura mais de 50 dias. Embora o Supremo Tribunal Federal já tenha reconhecido a ilegalidade da greve dos profissionais da área de segurança pública, os servidores permanecem paralisados.

Preocupado com o grande número de crimes registrados nesse período e com a suspensão das investigações, o Procurador-Geral de Justiça do Piauí, Cleandro Moura, expediu recomendação ao Secretário de Estado da Segurança Pública e ao Delegado-Geral da Polícia Civil, com orientações para que os policiais militares sejam incumbidos de lavrar boletins de ocorrência e para que todos os policiais civis lotados em setores de natureza burocrática voltem a desempenhar suas atribuições originais, pelo menos enquanto perdurar a greve. O chefe do Ministério Público recomendou ainda que os delegados conduzam as investigações normalmente, já que a legislação os indica como efetivos gestores dessas atividades.

Em Parnaíba, a 5ª Promotoria de Justiça, além de emitir recomendação alinhada com a que foi elaborada pelo PGJ, publicou edital de chamamento à população, para que os cidadãos possam relatar os problemas causados pela paralisação. A partir de segunda-feira, 28 de maio, até o dia 05 de junho, das 10 às 12h, a indicada unidade ministerial da comarca receberá toda e qualquer reclamação relacionada à descontinuidade dos serviços de segurança pública. As informações obtidas serão utilizadas para instrução do procedimento administrativo instaurado para que o Ministério Público possa acompanhar e adotar providências no que se refere a esse tema.

“O tempo de descontinuidade dos serviços de segurança pública em Parnaíba, no presente caso, extrapolou qualquer medida de razoabilidade, com severos prejuízos à sociedade, o que não pode mais ser suportado pela população local”, destaca o Promotor de Justiça Ari Martins.

O órgão do MP destaca que a greve tem provocado a soltura precoce e inadequada de presos em flagrante, o atraso no trâmite de inquéritos policiais de réus presos e a paralisação total da realização de audiências de custódia.



Fonte: Ministério Público do Piauí

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