Decisão expedida
pelo juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª Vara da Comarca de Parnaíba,
no início da tarde desta segunda-feira, determinou o afastamento imediato de
Batista Filho do cargo de presidente do Parnahyba. A falta de prestação contas
durante o mandato, o cartola está na função desde
janeiro de 2014, é o principal motivo do afastamento. A ação
cita ainda irregularidades no processo eleitoral do Azulino, ocorrido em
outubro do ano passado.
Justiça determina afastamento de Batista Filho (Foto: Renan Morais/GloboEsporte.com) |
Segundo o documento, interventores devem ser designados para administrar
o Parnahyba temporariamente nos próximos dias. O presidente afastado, Batista Filho,
afirmou que as acusações são infundadas. O atual mandato iria
até o fim da temporada 2019.
- Eu já estava sem motivação para continuar e agora fico com mais
tristeza ainda. Nós vamos fazer tudo o que eles querem. A gente vai entrar com
uma ação por danos causados ao clube e a minha pessoa. Só da cabeça dele que
isso (as alegações) foram tiradas. Nós também vamos entrar com ação contra eles
porque a chapa deles foi inscrita com oito rasuras, mas em momento algum eles
assumem isso - comentou Batista Filho.
A decisão que tirou
Batista do cargo é originada de ação movida por Leony Veras, o Gringo,
candidato na eleição do clube, quando Batista foi reeleito. Gringo ingressou
com o processo ainda em outubro de 2017, mas a decisão só foi publicada nesta
segunda.
A ação cita uma série de supostas irregularidades cometidas na
administração de Batista à frente do Parnahyba e também durante a eleição do
ano passado. Um dos principais pontos é a acusação de que o atual presidente do
Tubarão nunca prestou contas dos seus mandatos, nos biênios 2014/2015 e
2016/2017.
- O Batista nunca apresentou uma prestação de contas. A última prestação
de contas do Parnahyba foi feita por mim (quando era presidente) em 2006, quando
fomos tricampeões - afirma Gringo, que é também ex-presidente do clube.
Na decisão, o juiz Georges Cobiniano
relata que a ausência de prestação de contas, confirmada pelo Ministério
Público Estadual, comprova falta de transparência e é um indício de má gestão
no clube. Por isso, o magistrado afirma que a permanência de Batista Filho no
cargo de presidente "é perigo para o patrimônio da entidade por ele
administrada".
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