Representantes de autoescolas de Teresina e do interior do Estado realizam, nesta quarta-feira (2), uma manifestação em frente à sede do Departamento Estadual de Trânsito, na Avenida Gil Martins, bairro Redenção. Dentre as principais críticas da categoria estão as falhas constantes no sistema utilizado pelo Detran.
As entidades também são contra a implantação do simulador e de câmeras pelas autoescolas, o que pode deixar a habilitação até 70% mais cara.
“Essa manifestação é contra as mudanças abusivas, contra as câmeras que o Detran quer implantar nos carros, mas quem tem que pagar são as autoescolas e, consequentemente, o consumidor. Além disso, o sistema do Detran está sem funcionar normalmente há quase um mês. Não podemos sequer cadastrar o processo de um aluno que queira tirar ou renovar sua habilitação porque o sistema está fora do ar”, lamenta Daniel Tavares, um dos representantes das autoescolas.
De acordo com o advogado Ludy Vieira, que representa o grupo de autoescolas, o Governo do Estado pretende determinar que os Centros de Formação de Condutores contratem empresas terceirizadas para monitorar as aulas, o que representa inconstitucionalidade, visto que é dever exclusivo do órgão fiscalizador o monitoramento de atividade-fim.
“Isso quer dizer que, de R$ 1,4 mil - que é o valor médio cobrado atualmente pelas autoescolas no Piauí - o custo de uma habilitação categoria B pode chegar a R$ 2,6 mil com a instalação obrigatória dos simuladores e das câmeras. Se esse valor realmente for definido, infelizmente, teremos mais pessoas na ilegalidade por conta do alto custo para se tirar uma habilitação”, conclui.
A manifestação tem início marcado para as 9h.
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