Alex Marinho fala sobre as novas perspectivas do campus Ministro Reis Veloso com a aprovação da UFDPar

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (22), o diretor do campus Ministro Reis Veloso da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Alex Marinho, traçou um panorama histórico da luta para a implantação de uma universidade federal própria no litoral. Em sua fala, Marinho destacou que este foi um processo árduo, longo e que contou com o apoio de líderes visionários que acreditaram no sonho, tendo sua primeira tentativa de criação com o então senador Mão Santa, que em 2004 criou o projeto e encaminhou ao ministro da Educação da época, Paulo Renato.



Em razão de a matéria ter a obrigatoriedade legal de partir do Executivo e não do Senado Federal, o projeto acabou sendo arquivado. No entanto, nove anos depois o debate reacendeu e recomeçou a luta para desmembrar o campus de Parnaíba da reitoria de Teresina. Quando a matéria chegou ao Congresso Nacional, contou com a articulação e empenho do deputado federal Paes Landim e do senador Ciro Nogueira, ambos da bancada do Piauí. Em agosto de 2016, por ocasião do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, para garantir a aprovação do projeto pelo Executivo, Landim chegou a fechar um acordo para votar contra o processo de cassação de impeachment. A decisão foi duramente criticada por muitos, entretanto, naquela ocasião o parlamentar piauiense decidiu se arriscar para que a UFDPar se tornasse realidade.



O projeto já se encontra na mesa do presidente Michel Temer para ser sancionado. Com o desmembramento, a instituição terá independência financeira, possibilitando a criação de novos cursos, como Jornalismo, Direito, Engenharia Civil,  Música e Farmácia, que são cinco grandes demandas da região.

“Temos muito trabalho pela frente e o primeiro desafio será administrativo. Deverá ser criado o setor administrativo, de recursos humanos, além da criação de concurso, entre diversas outras atribuições. Estamos também aumentando o nosso espaço e bastante felizes e otimistas com esta nova fase que o campus está vivendo”, finalizou Marinho.


Por Luzia Paula