O problema de um bueiro, na Avenida José de Moraes Correia, decorrente das obras dos serviços de esgotamento sanitário de Parnaíba, que foram iniciadas há 10 anos, na gestão de Zé Hamilton, e nunca foram concluídas, deixa exposta a gravidade de um problema que Parnaíba enfrenta e que preocupa a Prefeitura, por conta da omissão de gestores passados, que nunca concluíram a obra, tampouco alertaram a população para as consequências de se ligar clandestinamente fossas residenciais a esta rede de esgotos inconclusa. O bueiro fica na Avenida José de Moraes Correia e está diuturnamente transbordando os dejetos na via pública, causando mau cheiro e levando água contaminada para a porta de diversas residências.
De acordo com diretores da Agespisa, a rede de esgotos localizada à margem da Avenida Armando Cajubá (lado do Bairro Santa Luzia), ainda não está operacional devido a paralisação das obras de elevatórios. “O que se tem hoje na região são redes coletoras que não vão a lugar nenhum. Alguns moradores dos Bairros Santa Luzia, Joaz Souza e São Vicente de Paula fizeram ligações clandestinas nessa rede e essa água residuária não tem para onde ir. Ela enche a rede coletora e evidentemente vai ser lançada na parte mais baixa da rede”. A responsabilidade evidentemente é da construtora e do contratante (prefeitura de Parnaíba)” afirmou Carlos Alberto, Coordenador de Esgotamento Sanitário da Agespisa.
A Prefeitura de Parnaíba, através da Secretaria de Infraestrutura, afirmou que está trabalhando junto a Caixa Econômica Federal para a retomada das obras, uma vez que elas foram paralisadas há mais de 10 anos, exatamente por falta de contrapartida do município, para a conclusão dos trabalhos. A equipe técnica da Seinfra, entretanto, já foi acionada para minimizar o mais breve possível o problema dos moradores.
Tanto a Prefeitura de Parnaíba, quanto a AGESPISA concordam que a ligação clandestina na rede de esgoto sanitário é o principal fator para o transbordo de dejetos na Avenida. Só em 2017 a prefeitura já desfez inúmeras ligações clandestinas e já contratou inúmeras vezes prestadores de serviços, como limpa fossas, informando que a população não pode fazer ligação sem autorização, principalmente em uma rede ainda inconclusa. E que a população também tem que utilizar o sistema de fossa séptica, pois quem insistir em fazer ligações clandestinas estará sujeito a multas da vigilância sanitária, estadual e municipal. Além de danos causados ao meio ambiente.
“A população tem que cooperar e respeitar a legislação vigente. A Agespisa não disponibilizou a rede de esgotos porque a obra está em andamento. Hoje está entregando uma etapa e renegociando a etapa seguinte. Logo, a população não pode infringir a legislação e fazer ligação clandestina, simplesmente porque vê uma tubulação na frente de sua casa”, alerta Gracinha.
Ela também disse lamentar que alguns moradores insistam em fazer ligações clandestinas em rede de esgotos não finalizada. “Erra gravemente quem faz a ligação clandestina, pois além dos danos causados para os vizinhos, para a saúde pública e para o meio ambiente, a pessoa está danificando também toda uma obra que nem foi ainda concluída.
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