Inauguração da usina solar Nova Olinda, em Ribeira do Piauí
O Governo do Piauí faz festa com a inauguração, no município de Ribeira do Piauí, do Parque Solar Nova Olinda, apresentado como a maior usina solar em operação da América Latina. Com quase um milhão de painéis fotovoltaicos instalados em 690 hectares, a usina tem capacidade para produzir 600 Gigas Watts Hora (GWh) de energia por ano.
As placas fotovoltaicas de Nova Olinda possuem sistema de autoajuste informatizado. Dessa forma, elas acompanham a direção da radiação solar, captando assim mais energia e por mais tempo.
O parque solar de Nova Olinda, na região de São João do Piauí, supera a capacidade elétrica da barragem de Boa Esperança, segundo o governo. Por isso, a inauguração vem sendo tratada como um marco histórico para o Piauí.
Benefícios
Muito bem! São inegáveis os benefícios desse projeto, especialmente pelo aproveitamento da energia solar, com poucos danos ao meio ambiente. Trata-se, afinal, de energia limpa, implantadas em uma área equivalente a 700 campos de futebol, no semiárido piauiense.
Mas vamos lembrar que se trata de um empreendimento privado, no valor de R$ 1 bilhão. Boa Esperança foi construída com recursos públicos. E serve ao Piauí há 45 anos.
É preciso saber, então, em relação à megaprodução de energia da nova usina, quantos quilowatts vão ficar no Piauí. Ou ela vai funcionar como o sistema eólico, a energia dos ventos, cuja produção do Piauí vai toda para fora do Estado?
Nesse caso da usina de Nova Olinda, o Piauí vai ficar apenas a conta de R$ 80 milhões em incentivos fiscais que o Governo do Estado deu à empresa responsável pela sua implantação e operação ou o Estado vai tirar proveito com a sua instalação?
Por fim, é preciso saber: com a maior usina solar da América Latina, o Piauí vai continuar pagando a energia mais cara do Brasil?
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