29 de nov. de 2017

Risco de intervenção no PMDB do Piauí para garantir candidatura própria é real e pode acontecer em 2018

João Henrique assume o PMDB em 2018 em caso de intervenção
João Henrique assume o PMDB em 2018 em caso de intervenção
Dois fatos podem alterar os rumos da sucessão estadual de 2018 no Piauí e fortalecer a oposição no Piauí. O primeiro fato é uma articulação que já está em andamento para tirar o PMDB da base do governo através de uma intervenção no partido e o segundo, uma conseqüência do primeiro fato, é abrir caminho para a filiação do ex-senador João Vicente Claudino. Com isso, o PMDB lançará candidato próprio ao governo do estado numa aliança com partidos de oposição como PSDB, PSB e DEM, além de outros que podem se incorporar durante o processo.
O plano tem origem no Palácio do Planalto e como um dos principais articuladores o deputado piauiense Heráclito Fortes, que está no PSB, mas deve se filiar ao DEM ou ao próprio PMDB. Essa articulação já tem o aval de Michel Temer que, segundo apurou o blog, teria conversado por telefone com o empresário João Claudino, pai de João Vicente, para informá-lo que a candidatura de seu filho terá o aval do Planalto. Depois disso, o empresário deve autorizar o filho a trabalhar seu projeto.
De acordo com o que apurou o blog, o plano é a cúpula nacional decretar intervenção na direção do PMDB do Piauí após o fechamento da janela de transferência, período de 30 dias – de 01 a 31 de março de 2018 – em que políticos detentores de mandato podem trocar de partido. No mesmo decreto de intervenção, o presidente do conselho do sistema S, o ex-ministro João Henrique Sousa, será nomeado presidente da comissão provisória para comandar o PMDB no período da sucessão.
Sempre que faz declarações públicas, João Henrique tem afirmado reiteradas vezes que o PMDB terá candidato próprio nas eleições de 2018 e não fará coligação com o PT para apoiar a reeleição de Wellington Dias. A convicção com que ele faz as afirmações é de alguém que tem os trunfos nas mãos. Algo comparável aos versos da música de Geraldo Vandré segundo os quais “quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Essa certeza é a de que suas viagens pelo interior é apenas uma cortina de fumaça.
Não por acaso o ex-senador tem se reunido nos últimos meses com líderes de diversos partidos, entre os quais o prefeito de Teresina Firmino Filho, do PSDB, que chegou a confidenciar a alguns – por conta de sua reação ao resultado da eleição da Mesa da Câmara – que a partir daquele momento trabalhará pela candidatura de João Vicente a governador. Outro líder com quem JVC tem conversado é o ex-governador Wilson Martins. Já se encontrou até mesmo com o senador Ciro Nogueira, presidente do PP.
João Vicente tem declarado que a sua opção partidária é o PTB mas pode recuar caso a maioria dos integrantes insista em que o partido permaneça na base do governo. Caso seja esta a decisão, se sentirá livre para escolher outra sigla devendo optar pelo PMDB, que lhe assegurará a legenda para ser candidato. Por enquanto, essas articulações se desenvolvem dentro um campo sigiloso, a fim de que naveguem sem atropelos. Uma coisa parece provável: a intervenção no PMDB não é algo difícil de acontecer, porque os precedentes são vários. Só resta pagar para ver.

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