12 de nov. de 2017

Aluna de escola pública diz que prova teve ‘muita coisa’ que ela não aprendeu

Mayara Dutra fez Enem em busca de vaga para designer de games
Por Chico Prado, de São Paulo 
Aluna de escola pública a vida inteira, Mayara Dutra, de 18 anos, disse que não aprendeu muitos dos assuntos que caíram na prova do Enem deste domingo. Formada no Ensino Médio em 2016, Mayara fez o exame pela primeira vez e quer ser designer de games. Segundo ela, greves e trocas constantes de professores atrapalharam o aprendizado, embora alguns professores tenham reforçado conteúdos cobrados no Enem.
— No meu último ano eles até prepararam a gente, mas teve muita paralisação de professores e isso dificultou. Muita troca de professor também. Muita coisa eu nem aprendi — afirmou, lembrando a rotina de estudo na escola estadual Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo.
Mayara, que atualmente trabalha em uma empresa de telemarketing, considerou a prova de física a mais trabalhosa.
— Pessoalmente, física me deu mais trabalho. Muita palavra difícil e eu fiquei assim, meu Deus... Mas tudo bem, ainda estou no meu primeiro emprego, tem tempo — concluiu.
A prova de física também foi considerada difícil por Gustavo Vergara, de 16 anos, aluno de um dos colégios particulares mais conceituados e caros de São Paulo, o Visconde de Porto Seguro, no bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. A diferença é que Gustavo ainda não estudou alguns dos temas cobrados no Enem porque está no segundo ano do Ensino Médio e prestou a prova como treineiro:
— Teve umas de elétrica e circuito (na prova de física), mas essa parte eu não aprendi ainda. Mas tenho certeza que no ano que vem eu vou muito melhor (na prova) — respondeu Vergara, que por enquanto não decidiu a profissão que pretende seguir.

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