Médicos da rede estadual de saúde
realizam nesta sexta-feira (6) uma paralisação de advertência, em reivindicação
ao piso salarial, concurso público, progressão na carreira médica e regulação
do Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos eletivos, como consultas,
exames e cirurgias estão suspensos nos hospitais Getúlio Vargas, Infantil,
Areolino de Abreu, Maternidade Evangelina Rosa e outras unidades no interior do
Piauí.
Em Teresina,
muitos pacientes procuraram a ala hospitalar do Hospital Getúlio Vargas, porque
não sabiam da suspensão do atendimento. Um aviso colado no local comunica que o
atendimento será remarcado para o dia 27 de outubro.
A aposentada
Antônia Pereira tinha uma ressonância agendada para esta sexta-feira e só ficou
sabendo do cancelamento ao chegar na unidade. "Espero fazer hoje, não sei
como vai ficar se não conseguir. Estou com dores e esperava o exame para saber
o que tenho", declarou.
Segundo a
diretora do Sindicato dos Médicos, Lúcia Santos, as reivindicações da categoria
são antigas e a paralisação foi avisada com antecedência à Secretaria de Saúde,
Governo do Estado e Conselho. "Todos os hospitais do estado estão
defasados de profissionais, cada médico trabalha por duas ou três pessoas. Além
disso, o sistema de ponto instalado pela secretaria não gera nossas horas
extras e isso deve ser regularizado pelo Ministério do Trabalho",
destacou.
Outro problema
apontado pela sindicalista refere-se à regulação do atendimento através de
senhas. Para ela, somente os médicos e pacientes sabem que a seleção não
funciona e nem leva em consideração os pacientes graves e oncológicos como
prioridade. (G1)
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