O secretário municipal de Fazenda, Gil Borges dos Santos, assegura que a Prefeitura de Parnaíba não vai parar obras, tampouco atrasar a folha de pagamento. “Nossa administração é franciscana. Gastamos pouco, brigamos por preços, a prefeitura trabalha muito com os pés no chão. Podemos até diminuir o ritmo das obras, não parar, embora saibamos que devemos crescer também em época de crise”, comenta o secretário.
Gil Borges reconhece, entretanto, que a arrecadação às vezes não acompanha o ritmo das obras, consequência também da crise econômica que o país vive. “Está tudo ainda muito apertado, mas esperamos que no próximo mês as coisas melhorem, porque o governo (federal) vai diminuindo as parcelas de devolução do imposto de renda, que afeta também o repasse do fundo de participação dos municípios, que tem caído”, frisa.
Com relação à arrecadação própria, o secretário afirma que “não podemos nos queixar. A população está reagindo bem, pagando o IPTU. Claro que antes não havia estímulo, a cidade não tinha obras, agora o povo está vendo a prefeitura trabalhando. Está vindo aí o Refis, porque temos uma dívida ativa alta, mas esperamos melhorar mais a arrecadação até o final do ano”.
Ainda com relação às dificuldades, Gil Borges lembra que o próprio ICMS do Estado vem caindo. “No mês passado chegou a passar uns 4 dias atrasado, o que atrasou um pouco nossa folha, porque a gente conta com todas essas arrecadações. Mas não houve atraso de salários, porque temos até o 5º dia do mês subsequente para efetuar os pagamentos. E nós estamos pagando dentro do mês. Se passa para o outro, é coisa pouca. E quando isso ocorreu foi porque o Estado atrasou o repasse do ICMS. Mas os salários continuam sendo prioridade”, destaca o secretário.
Gil Borges vai mais além: “As pessoas têm que entender que a prefeitura não é para 4 mil servidores, não. É para 200 mil habitantes. E aqui tudo é prioridade – postos de saúde, atendimentos na área social, iluminação pública, tudo o que a gente cuida. Administramos como se administra uma grande casa, olhando todas as necessidades, porque Parnaíba é uma grande família de 200 mil habitantes. Quando atrasa o pagamento 2 ou 3 dias, não é que esteja tudo errado”, disse.
Na opinião do secretário é necessário pagar, mas, “temos que trabalhar mais, com mais dedicação para o povo de Parnaíba. Trabalhamos por amor. É preciso falar menos em folha e buscar mais eficiência, prestação de serviços. O eleitor que escolheu o Mão Santa está esperando que o pronto socorro funcione, que os buracos das ruas sejam tapados, que a iluminação funcione, que a merenda escolar continue sendo de qualidade (nunca esteve tão boa), enfim, não existe governo só para administrar a folha. Temos que olhar para a cidade como um todo”, finalizou.
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