Um homem misterioso, armado, que, aparentemente, mata sem motivos. O palco é um dos principais pontos turísticos do Piauí: Cajueiro da Praia, distante 384 quilômetros de Teresina. O atirador já matou uma pessoa e teria atirado em outras, levando medo ao litoral do estado. A história real é digna de um conto de ficção e mostra a fragilidade do aparelho de segurança pública até mesmo em locais de grande concentração de turistas.
A Polícia Civil, através da delegacia local, ainda não conseguiu identificar o atirador. Na quinta-feira da semana passada (03/08), o protagonista da história real montou uma tocaia e matou com um tiro de espingarda, o operário Francisco das Chagas Viana, de 30 anos, na entrada da sede de Cajueiro da Praia.
O assassino até agora não foi descoberto, nem as razões do crime. Mas, para várias pessoas que frequentam Barra Grande e outras praias de Cajueiro da Praia, este não é um crime comum.
A falta de segurança, o espectro de um atirador andando pelas paragens, impune, pode causar problemas no turismo da região.
As ações do atirador misterioso vem causando inquietação entre muita gente que frequenta a região de maior potencial do turismo piauiense.
Francisco das Chagas Viana era pai de quatro filhos e um exemplo de trabalhador nordestino que sabia se virar para sobreviver, cuidando de algumas casas do litoral, vendendo estacas, fazendo cerca, comprando e vendendo peixes.
A falta de estrutura é tamanha que o delegado que responde pelo município fica a cerca de 60 quilômetros de distância. O delegado Maycon Kastener, de Luís Correia, responde também por Cajueiro da Praia.
"Estamos trabalhando para elucidar o caso. Aguardo os laudos periciais para saber o calibre da arma usada no crime, que, inclusive, foi praticado em local ermo. A viúva estava em choque e somente amanhã (terça-feira, 8) será ouvida”, disse o delegado Maycon, em entrevista exclusiva ao Portal AZ.
Por Walcy Vieira/PortalAZ | Edição: José Wilson/Jornal da Parnaíba
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