PARABÉNS DO BP: Como é chegar aos 50

Ufa, quando me dei conta, lá se passaram 50 anos. Do nascimento até agora, aprendi e apreendi, continuo aprendendo, também ensinando, claro. Ensinamentos básicos e outros nem tanto, alguns mais planejados, mais argumentados. Alguns deixaram marcas inesquecíveis, mas tudo valeu e continua valendo a pena. Uma coisa é certa: foi a partir dos momentos mais duro, mais sofrido, e até difícil de atravessar que os fiz a minha melhor escola, onde aprendi a enfrentar os imensos desafios que a vida me coloca todos os dias. Vou nesse jogo da vida, enfrentando os obstáculos e as adversidades como mãe, como mulher e como muitas outras. Porém, garanto que fui e sou feliz, muito, muito feliz. Feliz pela família que me colocou nesse mundo, feliz por ter um pai que pode me carregar no colo, cantar músicas para eu dormir, feliz por ter uma mãe, que me ensinou como é bom ser mãe, afinal ter onze filhos não foi nada fácil para aquela que me amamentou. Feliz pela família que construí, pelo esposo e pela filha que Deus me deu. Feliz pelos irmãos e irmãs com quem posso contar naqueles momentos em que menos esperamos. Mas que bom chegar aos 50, às vezes se equilibrando entre duas, três ou mais forças: de um lado o peso da genética e o peso dos anos, já do outro, a leveza de ser livre, de não precisar provar mais nada a quem quer que seja, a não ser para mim mesma. Gosto de mim do meu próprio jeito, e isso me faz gostar dos outros sem exigências, sem cobranças. A chegada dos 50 me impulsiona para realizar meus projetos, aceitar minhas (im)perfeições, aceitar os fios brancos que já não teimam em se mostrar, já se mostraram mas que com os recursos da química os escondos, não por vergonha, mas para seguir a “modinha”(kkkkkk). Não me sinto velha, sinto-me madura, mais segura, mais confiante. Não quero me aposentar de mim mesma, quero viver mais, e mais, andar por esse mundo de meu Deus e dizer o melhor da vida é VIVER.

Lourdinha e Eliesio