O empresário Jacob Barata Filho, sócio de várias empresas de ônibus no Rio de Janeiro, foi preso na noite deste domingo pela Polícia Federal (PF). Ele foi detido no Aeroporto Internacional do Galeão, enquanto tentava embarcar para Lisboa, em Portugal. Investigadores à frente dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no estado monitoravam a situação de Barata Filho e suspeitavam que ele tentaria fugir do país, já que havia comprado uma passagem apenas de ida para a Europa. A informação da prisão foi noticiada pelo “Fantástico”, da TV Globo, e confirmada pelo GLOBO com investigadores. No fim da noite, Barata Filho foi levado para o Instituto Médico Legal, e em seguida, para a Superintendência da Polícia Federal, ambos na Zona Portuária.
O pedido de prisão foi feito por procuradores que integram a Força-Tarefa da Lava-Jato no Ministério Público Federal (MPF) e assinado pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal.
Após revistarem a bagagem do empresário, agentes da PF verificaram que ele levava um ofício que seu banco recebeu com a ordem de Bretas determinando a quebra do sigilo bancário. Os responsáveis pela investigação interpretaram o fato como um sinal claro de que ele sabia que havia uma investigação em andamento.
De acordo com a TV Globo, as investigações encontraram indícios de que o empresário despejou milhões de reais em propinas pagas a políticos no Rio. A expectativa era de que a prisão acontecesse nos próximos dias, mas, com a possibilidade de fuga, a ação foi antecipada.
O pai do preso na noite deste domingo, Jacob Barata, atua no ramo dos transportes via ônibus no Rio de Janeiro há várias décadas. Ele é conhecido como "Rei do Ônibus" e é fundador do Grupo Guanabara, no qual Jacob Barata Filho também é um dos gestores. Várias empresas do conglomerado atuam no transporte de passageiros no Rio.
Em nota, a assessoria de imprensa de Jacob Barata Filho negou que ele estivesse fugindo. Segundo o texto, ele "estava realizando viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais". A defesa do empresário acrescenta que vai se pronunciar assim que tiver acesso aos autos do processo.
Em 2013, durante a época das manifestações contra o aumento de R$ 0,20 na passagem de ônibus no município do Rio, o luxuoso casamento da filha do empresário, Beatriz Perissé Barata com Francisco Feitosa Filho, herdeiro do ex-deputado federal cearense Chiquinho Feitosa, foi marcado por protestos.
As manifestações aconteceram na porta da Igreja do Carmo, no Centro da cidade, e seguiram para a frente do Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio, onde foi realizada a festa do casal.
Houve convidados que jogaram notas de R$ 20 em cima dos manifestantes, que revidaram com pedras.
Fonte: Portal AZ
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