Na tarde deste sábado (10), a juíza da
Inês Del Cid, da Vara Criminal de São Bernardo do Campo, decretou a prisão
preventiva dos dois.
A tatuagem foi filmada com o celular de
Maycon e compartilhada no Whatsapp e o vídeo viralizou rapidamente. O detalhe é
que o adolescente estava desaparecido desde 31 de maio e os familiares o
reconheceram quando também receberam o vídeo do adolescente sendo tatuado na
testa.
Nas imagens é possível perceber que o
adolescente não reage às provocações do tatuador e do vizinho dele. Em certo
momento, um deles diz: "vai doer, vai doer". Em outro momento eles
perguntam ao menino o que ele quer tatuar e forçam a resposta:
"ladrão."
Com o vídeo em mãos, eles foram até o 3º
Distrito Policial de São Bernardo do Campo para tentar localizar o paradeiro do
adolescente. Segundo relato da família à polícia, o jovem é usuário de drogas e
não estaria gozando de suas faculdades mentais.
Com as informações passadas pela família,
uma equipe de investigadores seguiu até a Rua Jurubatuba, no Centro de São
Bernardo do Campo, onde localizaram o tatuador na calçada. No local não
funciona um estúdio de tatuagem, mas uma pensão onde Ronildo e Maycon eram
vizinhos.
Na delegacia, os dois disseram para a delegada Carolina
Nascimento Aguiar que o adolescente teria tentado furtar uma bicicleta na
região e ficaram revoltados com isso e "resolveram tatuar o mesmo como
forma de punição".
Uma operação de busca foi realizada na
região, mas o jovem que foi tatuado na testa permanece desaparecido até as
16h30 deste sábado.
Os indiciados informaram aos policiais que
colocaram o jovem em liberdade.
O advogado Ariel de Castro Alves,
coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe (Conselho
Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo) disse que vai acompanhar o
caso, que considera "gravíssimo". "O vídeo circula desde ontem
[sexta-feira] na internet. A polícia agiu corretamente. Submeter alguém a
intenso sofrimento físico e psicológico configura tortura. Se ele estava
tentando furtar ou roubar eles deveriam chamar a polícia e não torturar."
Fonte: Globo.com
Fonte: Globo.com
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