19 de jun. de 2017

Bandeira branca para os que fazem a imprensa em Parnaíba

Os recentes comportamentos de colegas da imprensa em Parnaíba me chamaram a atenção para uma triste realidade, o desrespeito predominante e crescente que está entre a classe.

Em Parnaíba essa condição que foi imposta lá no passado, e que ainda não foi banida, vem prejudicando os comunicadores e suas famílias. Quando a ofensa não vai diretamente para o colega da área, ela atinge em cheio os seus parentes que, nada têm haver com qualquer desavença entre os comunicadores.

Os motivos são os mais fúteis que se possam imaginar, eles vão desde a discordância de ideologia política até o ataque à honra; um verdadeiro festival de intolerância e falta de respeito. É como se pelo fato de alguém pensar diferente, ou discordar de determinado pensamento, fosse um crime com direito a execração pública nas mais baixas modalidades da “esculhambação”.

Geralmente os “duelos” se dão por razões políticas, é que quem é vermelho fala o que o azul não gosta, e consequentemente os dois lados travam uma batalha de farpas, onde o mais fraco, se é que podemos classificar o “vencedor” de forte, sai com as marcas de uma relação abalada socialmente.

Como eu falei no início, esse comportamento medíocre entre os colegas da mesma profissão, começou no passado, onde a guerra era travada nas ondas do rádio, o tempo parece não ter apresentado o avanço da cordialidade e das regras de respeito entre os mesmos.

Bem diferente daqui, a esmagadora maioria dos que fazem a imprensa em Teresina, agem de forma diferente, pelo menos é o que se vê em público. Por lá, até os que divergem de suas opiniões, mantém uma relação social respeitosa, seja na prática de suas funções, como na vida real. Dá gosto de ver.

Das vezes que li ou até mesmo ouvi as ofensas entre os colegas, me veio o sentimento de angustia, não por tomar dores, mas sim pelo clima chato que se forma nos momentos em que deveríamos nos confraternizar. Aliás, é em Parnaíba que acontece a “Semana da Imprensa” evento único no país, onde os profissionais dos mais diferentes meios de comunicação se encontram.

Por obrigação deveríamos nos fazer exemplo, ao invés de incentivar o crescimento de um exército de guerrilhas entre os colegas. Desqualificar alguém para mostrar força, não é o caminho. Por todas essas situações eu peço paz, e ofereço uma bandeira branca.

Em casos de discordar do pensamento alheio, vale apenas a sugestão de uma nota de rebatimento. Até porque, quem já sentiu na pele a dor de ser envergonhado (a) em público, não pode desejar o mesmo para outra pessoa.

Por Tiago Mendes

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