Mais uma polêmica se espalhou pelas redes sociais: A não realização do São João da Parnaíba. Enquanto a polemica viralizava, eu só observava. Porém, chegou a hora de falar.
Eu faço as fotos do São João da Parnaíba desde 2013, portanto, acredito que tenha condições técnicas de avaliar o alcance desse evento.
Em 2015, foi o ápice do São João da Parnaíba e, em particular, o meu. Naquele ano, Parnaíba foi alçada ao nível de Campina Grande, no estado da Paraíba, onde, reconhecidamente, é realizado um dos melhores São João do Brasil. Nesse mesmo ano uma de minhas fotografias foi agraciada com o premio de Melhor Fotografia Junina de 2015 do nordeste, numa festa anual promovida pela Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas, que, naquele ano, foi na cidade de Campina Grande. Independentemente de ter uma de minhas fotografias concorrendo a um premio a nível regional, isso não me envaideceu, mas no fundo, eu fiquei feliz e orgulhoso de ter participado de um evento de tamanha envergadura.
Em todos esses anos de cobertura eu participei ativamente do São João da Parnaíba. Nunca faltei uma noite sequer. Também nunca ganhei um centavo, nem mesmo um simples agradecimento do ex-gestor. Isso pra mim não era, e continua não sendo importante.
O São João da Parnaíba ultrapassou as fronteiras do estado do Piauí, isso é uma verdade. Eu tenho muitas saudades das brincadeiras de criança dos antigos arraiais. O São João da Parnaíba nada mais é do que uma evolução dos velhos folguedos de outrora. Recordar é viver, mas evoluir é primordial.
Eu não participei dessa fatídica reunião que algumas pessoas estão falando nas redes sociais, mas tenho certeza, que o prefeito Mão Santa não irá abrir mão da realização desse que é um dos mais importantes eventos culturais de Parnaíba, do Piauí e quiçá do nordeste.
Por Walter Frota Fontenele
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