Nos últimos anos, o Piauí tem avançado na área da saúde. Principalmente com a ampliação na oferta de serviços, tanto na atenção básica como em média e alta complexidade. Apesar dos avanços, a capital piauiense continua sendo referência em atendimentos de urgência em diversas áreas especializadas. Enquanto no interior, vários municípios padecem com a falta de medicamentos, de médicos especialistas e de infraestrutura nos hospitais e postos de saúde.
Nesta semana, o ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, assumiu a pasta da saúde no Governo do Estado, assumindo no lugar do médico Francisco Costa, que agora está à frente do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí. O novo secretário é o entrevistado do Programa Café com Informação deste sábado (20), onde comentou sobre os inúmeros desafios do novo cargo e as novas ações e projetos que pretende implantar.
De acordo com Florentino Neto, a sua nomeação para o cargo não foi apenas uma questão política, mas, sobretudo, devido a sua atuação na área da saúde.
“Tenho 21 anos de trabalho na área da saúde. Sou funcionário efetivo e concursado da Fundação Nacional de Saúde. Também tenho experiência no serviço público, em razão dos cargos públicos que já exerci. Quando prefeito da minha cidade tive a preocupação de olhar muito para o setor da saúde. E, hoje tem dois cursos de medicina no município, que foram implantados por instituições de ensino, mas contaram com o meu apoio. Além disso, conseguimos levar o tratamento do câncer para Parnaíba. Toda essa trajetória acumulou na decisão do governador me chamar para assumir a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e agora, estou lá para buscar bons resultados para a saúde pública do Piauí”, ressaltou Florentino.
Questionado sobre as cobranças da rede estadual de saúde sobre os pacientes de outros estados, o secretário afirmou que a capital é quem mais sofre com isso por receber e atender tais pacientes. “Teresina precisa de alguma forma, se ressarcir desse ônus. Mas esse ressarcimento é muito aquém do gasto que a capital tem com esses pacientes e quero poder ajudar para que outros municípios possam conseguir ressarcimento mínimo em razão desses atendimentos”.
Ainda segundo Florentino, o Sistema Único de Saúde (SUS) em alguns municípios está no nível de gestão mais elevado, como Parnaíba e Teresina. “Em Parnaíba, por exemplo, os recursos vêm do Ministério da Saúde. O município faz a regulação para as redes hospitalar e ambulatorial. E esses estabelecimentos faturam e o município repassa o dinheiro que ganhou da União. Como em Parnaíba temos um hospital estadual recebemos recursos de média e alta complexidade. O Hospital Dirceu Arcoverde é financiado por duas formas: tesouro estadual e pelo sistema de regulação”, argumentou.
Descentralização da saúde
Teresina ainda possui quase 80% dos médicos ativos no estado e concentra mais de 70% clínicas e hospitais registrados no Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI). A partir desse dado, uma das soluções apresentada pelo governo do estado é a descentralização da saúde. Assim, as pessoas do interior não precisarão se deslocar sempre que precisarem para a capital.
A oncologia foi outro avanço na descentralização: duas unidades abertas, sendo uma em Parnaíba, na rede credenciada, e outra em Teresina, no Hospital Universitário. Anteriormente, somente o Hospital São Marcos, em Teresina, ofertava o serviço.
Segundo o secretário, importantes obras deverão iniciar sejam em 2017, com a Maternidade de Referência do Estado, cujo contrato já fora assinado, com obras previstas para iniciar em maio, assim como o contrato do CER IV, em Parnaíba.
Mais ações para a saúde
Os Centros de Parto Normal, em São Raimundo Nonato, Picos, Parnaíba e Floriano, além das Casas da Gestante, em Picos, Parnaíba e Floriano estão em fase de conclusão e ainda o centro cirúrgico do Hospital de Uruçuí.
Para fortalecer a assistência, mais de R$30 milhões foram destinados para a rede hospitalar, numa parceria de emendas parlamentares, que estão sendo investidos na melhoria do apoio diagnóstico, aquisição de mobiliário, readequação de todos os centros cirúrgicos dos hospitais regionais mais importantes de nosso.
Fonte: Portal AZ
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