A discussão sobre o direito da senadora Regina Sousa (PT) disputar a reeleição tem levantado a um outro debate no PT: a presença do senador Ciro Nogueira (PP) na chapa do governador Wellington Dias (PT). No partido, o sentimento é de que o presidente nacional do PP fará parte da coligação, mas no PT será difícil, ou mesmo impossível, alguém fazer campanha para o progressista.
O candidato à presidência municipal do PT, ex-vereador Gilberto Paixão, afirma que a militância do PT tem analisado a relação com os partidos considerados traidores. É o caso das legendas, que como o PP, votaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Paixão afirma que não votará no senador e diz achar difícil alguém do partido “levantar bandeira por ele”. “Eu não voto em Ciro Nogueira. Acho difícil a militância petista trabalhar por ele. É difícil alguém do partido levantar alguma bandeira em favor dos que traíram a presidente Dilma. A nossa militância tem avaliado esses casos dos traidores”, declarou.
O ex-vereador não é o único no PT a rejeitar Ciro. Durante evento petista na manhã do sábado (01), militantes da sigla reforçaram o discuso contrário ao senador e demonstraram verdadeira aversão a essa possibilidade de saírem as ruas pedindo voto para ele.
Na futura chapa de Wellington Dias em 2018, além de Ciro, terá também outras legendas como PSD e o próprio PMDB, que votaram pelo impeachment. Paixão afirma que o partido respeita o direito do governador de costurar a reeleição, mas afirma que se tratando do PT o assunto é visto de outra forma.
“O PT vai respeitar o direito do governador, mas vai brigar pelos seus espaços. O partido não aceita ser prejudicado e nem ficar menor do que se encontra. Regina deve ser a candidata ao Senado e vamos querer aumentar nossas bancadas na Câmara Federal e na Assembleia”, declarou.
Por Lídia Brito
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