O governador Wellington Dias encaminhou à Assembleia Legislativa, antes do carnaval, projeto de Lei que é um coração de mãe, aquele que sempre cabe mais um. A proposta começa a tramitar tão logo sejam definidas as novas composições das Comissões Técnicas, o que está previsto para ocorrer hoje.
O projeto cria nove cargos de Coordenação, com o salário no valor de 80% da remuneração de um secretário de Estado, e mais nove cargos comissionados para a cada coordenação, com gratificações que variam do DAS 4 ao DAS 2. No total, serão 90 novos cargos. Mas, segundo o governo, eles não geram novas despesas para o Estado.
Várias secretarias ganharão coordenadorias, com autonomia orçamentária e administrativa. A justificativa é a de que elas cuidarão nove programas governamentais: 1- Gestão dos Recursos Hídricos, 2- Modernização e Qualificação de Empreendimentos Públicos, 3 - Infraestrutura Aeroportuária, 4 - Tecnologia e Inovação, 5 - Educação por Meio de Mediação Tecnológicas, 6 - Agronegócio e Cerrados, 7- Apoio a Piscicultura, 8 - Combate a Pobreza Rural e 9 - Mais vida com Cidadania para o Idoso.
Quem se detiver ao exame, ainda que superficial, das funções desses cargos que estão sendo criados não terá nenhuma dificuldade em concluir que as ações das novas coordenadorias já são tocadas por outros órgãos do governo. Ou pelo menos deveriam estar. Em outras palavras, esses cargos são absolutamente dispensáveis. Ainda mais quando se fala em crise financeira e contenção de gastos.
Os novos cargos, todos sabem, serão entregues a neoaliados do governador que se comprometem a apoiar a sua reeleição, em 2018. Em outros tempos, Wellington Dias daria um murro na mesa, levantaria a voz e chamaria essa troca de cargos por apoio político-eleitoral de “toma lá, da cá”. Agora, porém, o governador dirá, apenas, com voz mansa, que se trata de coalizão. E estamos conversados!
Por Zózimo Tavares
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