O Piauí recebeu no ano passado mais R$ 852 milhões oriundos de empréstimos. Para 2017, estão sendo entabuladas várias negociações junto a organismos nacionais e internacionais para novas contratações, como destacou o governador Wellington Dias em sua mensagem anual encaminhada à Assembleia Legislativa.
O governador justifica que está lutando por novos financiamentos considerando-se a importância da continuidade dos investimentos, aliada à boa performance do Estado no tocante à capacidade de endividamento e demais exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Na semana passada, Wellington Dias esteve em audiência com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi. No encontro, ele garantiu a entrada, junto à Caixa, de dois financiamentos federais em contratos de R$ 600 milhões e de R$ 315 milhões. Segundo o governo, os recursos serão aplicados em investimentos na área de infraestrutura do transporte e de distribuição de recursos hídricos.
A vantagem, conforme o governador, é que o Piauí poderá efetivar os contratos com a Caixa sem precisar do aval final da União. “Como o Piauí não tem dívida com a União, nós estamos fora do chamado Programa de Ajuste Fiscal e podemos tomar esse financiamento”, frisou.
A vantagem, conforme o governador, é que o Piauí poderá efetivar os contratos com a Caixa sem precisar do aval final da União. “Como o Piauí não tem dívida com a União, nós estamos fora do chamado Programa de Ajuste Fiscal e podemos tomar esse financiamento”, frisou.
Não é só isso. O Governo do Estado tem ainda outras vantagens adicionais não citadas pelo governador para fazer empréstimo a torto e a direito. A principal delas é que não há o mínimo interesse no acompanhamento da aplicação desses recursos. A própria Assembleia Legislativa, que autoriza esses bilionários empréstimos, não cobra a prestação de contas.
Quanto o Piauí tomou emprestado nos últimos dez anos? O que foi feito com esse dinheiro? Ninguém sabe. O próprio Tribunal de Contas do Estado não sabe. Mas um dia a conta chega. E todos pagarão por ela. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, só para citar alguns estados em crise financeira aguda, estão falidos porque, entre outros motivos, avançaram para cima de empréstimos, como o Piauí faz agora. A conta deles chegou.
Cidadeverde.com
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