Lembram desta vila de casas antigas localizadas na Rua Ademar Neves, numa área tombada no centro de Parnaíba? Em outubro de 2014 o Portal "A24horas" denunciou que elas estavam sendo demolida aos poucos. "Devido o abandono, supostamente proposital, as edificações vinham assumindo um aspecto de imóveis depredados e insensíveis.
Embora não seja possível afirmar em relação a este caso, mas existem casos em que os donos, por não terem interesse na restauração deixam os imóveis se deteriorarem até chegar ao ponto de não ser mais possível o seu aproveitamento. Com esta manobra, muitos donos de imóveis tombados burlam a lei e enganam a fiscalização do Iphan.
Os imóveis em franca deterioração no centro de Parnaíba são protegidos pela lei federal que versa sobre tombamento, proibindo os proprietários de alterarem as suas características históricas, podendo restaurar conservando suas linhas arquitetônicas originais. Como esta proposta não interessa a muitos proprietários, alguns deles abandonam os imóveis, encarregando o tempo e os vândalos da tarefa de fazer o que não poderiam fazer por força de lei: destruí-los.
Depois de destruídos, não havendo mais o que ser feito, fica mais fácil conseguir autorização para a construção de um prédio novo, mais de acordo com os interesses do dono".
O local está assim
Foi o que aconteceu. Da antiga Vila nada restou, apenas e tão somente o terreno, onde certamente será erguida uma obra comercial, sem que o IPHAN se manifeste ou algum outro organismo preocupado com a preservação do nosso patrimônio histórico. Alias, existe alguém de fato preocupado com isso?!!
Sim, existe: o Cosme Sousa, que fez estas 3 últimas fotos e nos enviou dizendo de sua revolta e até indignação com o silêncio que se faz diante desse atentado. Afinal, de que serve mesmo para a cidade o fato do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional haver feito o tombamento da área central de Parnaíba?
Lá atrás houve a história da destruição do antigo Hotel Carneiro, que gerou alguns protestos nas ruas mas que, ao final, foi transformado num estacionamento. Agora ocorre isso, com a conivência do IPHAN de os nossos historiadores importantes.
E por que não destruir também os demais casarões antigos da cidade antes que caiam na cabeça das pessoas?
A saber: Miranda Osório, Instituto Histórico, Porto das Barcas... e por aí vai!
Ah, minha Parnaíba! Te quero tanto bem! Mas tem cada coisa, viu?!!!
E VIVA O DIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO.
E VIVA O DIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO.
17 DE AGOSTO
Comemora-se o Dia do Patrimônio Histórico na mesma data em que nasceu o historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade (Belo Horizonte-MG, 1898-1969). Por meio da Lei nº 378, de 1937, o governo Getúlio Vargas criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde o historiador trabalhou até o fim da vida.
(ESCRITO POR BERNARDO SILVA)
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