17 de ago. de 2016

Freitas Neto defende federalização do Porto de Luís Correia


A federalização do Porto de Luís de Correia, no litoral piauiense, foi um dos pontos discutidos durante reunião de integrantes do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI) com o presidente interino Michel Temer. O diretor de assuntos econômicos da Federação de Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), Freitas Neto, defende que o Governo Federal assuma as responsabilidades da obra.
"O Porto é do Governo Federal, mas o Estado- em uma hora infeliz- pediu para tomar de contas. Na verdade foi repassado um problema. Repassaram o Porto, mas não o dinheiro. Desde que isso ocorreu não houve nada mais de representativo em matéria de obra pública no Porto. As obras ficaram pelo caminho", disse Neto. 
O Porto teve as obras iniciadas há mais de 40 anos e com investimentos em valores atualizados em mais de R$ 200 milhões. Em entrevista ao Notícia da Manhã, Freitas Neto defendeu ainda a reavaliação do projeto original da obra.
"O Governo Federal tem que estudar qual a vocação do Porto, como ele deve ser feito. Quem tem que se pronunciar sobre o Porto é o Governo Federal porque o Porto faz parte do sistema portuário federal", disse Freitas Neto. 
Além da questão portuária foram discutidos também outros pontos que entravam o desenvolvimento do Estado como a qualidade da energia e a paralisação da Transnordestina que liga Pernambuco ao Ceará passando pelo Piauí e deveria ter sido entregue em 2010. Porém, permanece sem perpesctivas de retomada da obra. 
"O Piauí tem a pior energia do Brasil. Essa questão da Eletrobras impede que a gente traga para o Estado uma grande indústria para qualquer região do Estado. A empresa não tem condições de se instalar por falta de energia de boa qualidade", disse. 
Para destravar o crescimento econômico no Estado, Freitas Neto aponta ainda a situação do aeroporto de Teresina, o único no país que não foi reformado. 
"Teresina é a única Capital no país em que você desce do avião por uma escada porque não se tem aquelas 'pontes'. Existia um projeto de reforma do aeroporto, mas ficou naquela disputa sobre reforma ou construção de um novo...Chegamos a ter o dinheiro para a reforma, cerca de R$ 450 milhões (uma vez que a construção de um novo demoraria cerca de 15 anos), mas por falta de ações do Estado, perdemos os recursos", desabafa o diretor da Fiepi. 
Participaram da reunião representantes de quatro federações Piauí, Ceará, Bahia e Rio Grande Norte que apresentaram demandas das áreas trabalhistas e de infraestrutura que contribuam para o fortalecimento da indústria brasileira.

Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com

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