Precariedades no IAPEP voltam a provocar dia 14 audiência pública na Câmara

                                     Audiência Pública em 2013

Uma audiência Pública está marcada para o próximo dia 14 na Câmara Municipal, com o objetivo de discutir os diversos problemas que envolvem segurados do IAPEP e a falta de atendimento em clínicas e hospitais de Parnaíba que não recebem o plano de saúde dos servidores estaduais. Será a segunda audiência pública promovida pelos vereadores, para tratar do mesmo assunto. A primeira ocorreu em maio de 2013, convocada pelos vereadores Carlson Pessoa e Astrogildo Fernandes.

A proposta agora é do vereador André Neves. Segundo ele, O plano de saúde dos servidores do Governo do Estado, que deveria beneficiar muitos dependentes em Parnaíba, já há algum tempo se tornou alvo de constantes reclamações. Por conta disso, muitos usuários o procuraram para relatar as deficiências.

Para a audiência estão sendo convidados a participar das discussões: a presidência e toda a diretoria do IAPEP SAÚDE em Teresina e Parnaíba; clínicas, hospitais e profissionais de saúde interessados; OAB; Ministério Público; PROCON Municipal e população em geral.

Esta semana O vereador Carlson Pessoa (PPS) esteve na sede do órgão em Parnaíba e constatou o abandono total do Instituto. A estrutura do prédio está toda deteriorada, não há climatização e nem mesmo computadores para os funcionários trabalharem. No ambiente externo, parte do muro já caiu e há mato por toda parte. O local mais se assemelha a um monumento histórico abandonado.

Em crise, boa parte dos especialistas médicos deixou de atender os assegurados e há apenas um hospital recebendo os usuários do plano. O parlamentar do PPS classificou a situação como um crime e um atentado contra os assegurados que doaram suas vidas a serviço do Estado.

“Isso é muita falta de respeito com os assegurados do Iapep e do Plamta também. Pedimos que o governo revise suas ações e dê a merecida valorização para os assegurados”, pontuou.

O QUE FOI DITO

Quando da outra audiência em maio de 2013 o então presidente do IAPEP, Flávio Nogueira, disse que não havia naquela época nenhum médico prestador de serviços ao órgão, com salário atrasado, tampouco alguma Casa de Saúde com pendências financeiras. “Aqui é sui-generis: os médicos não querem apresentar as certidões negativas e nem as notas fiscais pela prestação de serviços. Isso é só em Parnaíba. Duvido que alguém apresente a fatura que o IAPEP não pagou”, disse o presidente, informando que sem a documentação devida não tem pagamento, que eram uma das alegações dos hospitais em não receber segurados do órgão do estado.
O diretor local do órgão na época, João Rocha, disse que a determinação era que fossem credenciados em Parnaíba o maior número possível de hospitais, mas muitos não queriam alegando a demora nos pagamentos.
“Todo mundo em Teresina quer o credenciamento do IAPEP.E por que os médicos de Parnaíba não querem?” – perguntou, então, Flávio Nogueira.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Oswaldo Gomes, embora entendendo que o assunto não tinha sido esgotado, avaliou como excelente a audiência e prometeu reunir a categoria para debater a questão.
De lá para cá, 3 anos depois, tudo continua como antes.

(Bernardo Silva)
Fonte:Jornal "Tribuna do Litoral"