23 de jun. de 2016

Com a perna fraturada, homem espera há 54 dias por uma cirurgia.

A crise no setor de ortopedia do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), se agrava a cada dia, prejudicando consideravelmente dezenas de pacientes com fraturas e traumas que amargam durante semanas e até meses por uma cirurgia.
Hoje pela manhã (22), enquanto atendia outra demanda de uma paciente, o vereador Carlson Pessoa (PPS), foi abordado por vários familiares de pacientes que estão confinados no hospital a espera de um atendimento. Para se ter uma dimensão do problema, nossa equipe de reportagem encontrou um senhor que está há 54 dias na fila de espera para fazer a cirurgia na perna esquerda.

O parlamentar questionou o diretor administrativo do hospital, Fábio Vasconcelos, sobre a não realização das cirurgias e ele alegou que o hospital tem condições de fazer os procedimentos, mas que os ortopedistas estariam se recusando a operar. Carlson insistiu, indagando os possíveis motivos impetrados pela classe de ortopedistas, ressaltando que o setor parou de receber o repasse mensal de 40 mil reais. Questionado sobre a possibilidade da atitude dos médicos ser em virtude da reivindicação por melhores condições de trabalho, algo que eles não estariam tendo no Heda, Vasconcelos se esquivou de responder, dizendo apenas que somente os ortopedistas poderiam fornecer tais respostas.

Outra paciente nos procurou para denunciar que o marido dela está há 15 dias com a perna fraturada e não tem nenhuma previsão de quanto será submetido a cirurgia. Ele fraturou o membro em um acidente de moto e sente dores o tempo todo. No Heda, estão sendo operados apenas pacientes com fraturas expostas.

Por Luzia Paula / fotos: Gleitowney Miranda / Ascom

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