6 de abr. de 2016

NÃO É PIADA: Governo diz que Lagoa do Portinho Voltara a ser o que era

Um extenso banco de areia ainda interdita uma das principais vias de acesso a Lagoa do Portinho em Parnaíba, Litoral do Piauí. Durante muitos anos um dos principais atrativos para os turistas, o local encontra-se praticamente abandonado, sem cuidados e ainda sofrendo com assoreamento, ameaçado pela estiagem, apesar de chover intensamente nos últimos dias na região. 




Para que os turistas tenham acesso ao local foi feito um atalho, por dentro da mata na região, uma estrada de pedra. A via é de barro vermelho e por conta das constantes chuvas está intrafegável no momento. 

Seca 
Em relação à estiagem, o superintendente do Meio Ambiente da secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), Moura Fé, afirma que a elevada evaporação devido aos ventos muito fortes da região e o volume de chuva abaixo da média nos últimos cinco anos foram determinantes para a seca da lagoa.

“Este é um fenômeno natural. Há cinco anos chove menos de 60% do esperado para a região e o canal que ligava o Rio Portinho à lagoa foi obstruído pelas dunas deixando de levar a água das grandes marés, o que contribuiu ainda mais para a seca”, declarou o superintendente.


A lagoa ocupa uma área de 560 hectares e possui a capacidade para 56 milhões de metros cúbicos de água. “A lagoa é muito grande e é necessário um volume imenso de chuva para enchê-la, pois o solo é muito arenoso e absorve muita água”, explicou.

O superintendente afirmou que um projeto está sendo desenvolvido pela Semar para fazer a abertura de um canal natural do rio para a lagoa e, além disso, está sendo estudada a possibilidade de interligar algumas bacias naturais de acumulação da água da chuva, abrindo pequenos canais até a Lagoa do Portinho. 

“As chuvas estão enchendo a lagoa, mas não será suficiente para que ela consiga a sua vazão natural, então estamos viabilizando projetos que levem mais água para o local. Com a falta de chuvas regulares é preciso que canais naturais levem água, tanto do rio, como da chuva para que ela encha novamente”, concluiu.

Sobre o mau cheiro na região, Moura Fé explicou que com a diminuição do volume de água ocorreu o processo de eutroficação, quando o local adquiriu níveis altos de nutrientes, provocando posterior acúmulo de matéria orgânica em decomposição. “O mau cheiro também é natural e provocado pela concentração de matéria orgânica. À medida que a lagoa enche o mau cheiro deixa de existir”, argumentou.


Segundo Moura Fé, a Lagoa do Portinho vai voltar a ser o que era. O local recebia embarcações para passeios turísticos e também era fonte de renda de moradores com a pesca artesanal. Ponto de parada obrigatório para os turistas que visitavam o litoral, a lagoa deverá recuperar a sua beleza natural.

Da Redação do Portal AZ 

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