16 de abr. de 2016

Deputados contrariam governador e votam pelo impeachment

Por Rayanna Mousinho e Dulce Furtado 

Dos 10 deputados federais do Estado do Piauí, cinco são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), três são contra e dois ainda dizem ter dúvida com relação ao voto de domingo. O último placar divulgado pelo O Globo, mostra que até a manhã desta sexta-feira 342 dos 513 deputados se declararam favoráveis ao impedimento de Dilma.
 


No Piauí, os deputados Átila Lira (PSD), Heráclito Fortes (PSB), Iracema Portella (PP), Júlio Cesar (PSD) e Rodrigo Martins (PSB) darão seus votos a favor a favor do impeachment de Dilma.

Átila, Heráclito e Rodrigo Martins são opositores históricos do PT. Em depoimento, Heráclito Fortes comenta que o PT “teve um comportamento digno de um partido preparado para um revés na democracia. E é preciso que seja assim porque esse comportamento será muito importante no dia seguinte, após a votação do impeachment”. O deputado ressaltou que se houver a aprovação do impeachment, será necessário equilíbrio para que a Nação não pague as consequências por algum ato impensado.
 


Já os deputados Assis Carvalho (PT) e Rejane Dias (PT) são contrários ao processo. Nesta sexta-feira Assis Carvalho chegou a afirmar que não acredita que vá ter um golpe. “eu não acredito que tenham 342 bandidos aqui que cheguem a assinar o empoderamento de um cidadão chamado Eduardo Cunha, porque se fizerem isto, estarão tirando ele da condição de presidente [da Câmara] para ser vice da República”, o que, segundo Assis, o ajudaria a barrar o processo contra ele, chamando a trama de “lance criminoso”, declarou durante manifesto no Conselho de Ética da Câmara Federal.
 


“Em cima do muro”
Fabio Abreu (PTB) e Paes Landim (PTB) não revelaram ainda o voto. Abreu, atual secretário de segurança do governo petista, chegou a comentar que está tentando buscar uma forma de entrar em um consenso. O PTB, partido ao qual faz parte, já anunciou seu posicionamento a favor do impeachment, mas Abreu não quer contrariar o governador Wellington Dias que exonerou Silas Freire (a favor da saída de Dilma) para garantir um voto favorável à presidente. 

Mudaram o voto
Iracema Portella, assim como seu marido, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, ensaiaram apoio a presidente, que não durou até o final da semana, pressionados pelos parlamentares do partido, romperam com Dilma e mudaram o voto. Hoje o parlamentar que não seguir a orientação progressista será punido, cabendo inclusive expulsão.

Outro que mudou o voto foi Júlio Cesar, que apesar de não declarar apoio, fazia parte tanto a nível Federal como Estadual do governo petista, o principal líder, Gilberto Kassab, ocupa o Ministério das Cidades (anunciou hoje que irá entregar o cargo) e no Piauí ocupa duas secretarias. 

Júlio justificou a posição dizendo-se  “angustiado” com o quadro econômico e social do Brasil, mas acima de tudo com a atitude que teve que tomar. “Li todas a peças, não faço nada por desejo pessoal, nem para acusar, nem para ter a alegria de fazer uma acusação, talvez até leviana. Por convicção própria. Além de eu ter lido toda a defesa a acusação e o relatório tenho lido o desequilíbrio da coisa pública”, disse.

Fonte: Portal AZ 

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