No
Brasil temos dia de tudo: dia da independência, dia da bandeira, dia do
fico, dia da mentira... não sei se já temos dia da vergonha, mas, com
certeza, temos o dia da falta dela.
Estamos
entre os 10 países mais ricos do mundo; entre os 10 maiores produtores
de petróleo; entre os maiores em território continuo e temos também
talvez a maior corrupção do mundo.
Se
você pensa que a grande corrupção no Brasil é o mensalão, ou o
petróleo, está enganado. Temos mais de 5.500 municípios. Sendo
otimistas, acreditamos que os gestores de 1.500 estejam trabalhando
próximo do correto e os outros 4.000 desviando tudo o que é possível. Às
vezes, o “Fantástico” mostra pequenos municípios com desvio de trinta,
quarenta ou cinquenta milhões de reais. Multipliquem isso por quatro mil
gestores e veja o prejuízo que estes dão ao Brasil!
Vamos
voltar para o dia 17, quando nossos deputados federais deram para o
Brasil e para mundo um espetáculo ridículo, sem respeito e sem
dignidade. Uma vez ouvi alguém dizer: “O Congresso Brasileiro é o único
lugar no mundo onde se chama bandido de “Vossa Excelência”. Naquela
sessão foi confirmado.
Na chamada sessão do impeachment vários
deputados chegavam ao microfone, olhavam para o presidente Eduardo
Cunha e diziam:-“ presidente, vossa excelência é ladrão! E pela
felicidade de minha mulher e de meus filhos, voto não”. E assim foram
vários, votando “não” ou votando “sim”. Mais isso é coisa de Brasília.
Aqui em nossa querida `Parnaíba podemos dizer sim ou não? Concordando ou discordando do certo ou errado?
Por
exemplo: Ao porto de Luís Correia, onde já foram jogados fora R$
400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais) e sem nenhuma viabilidade
de ser construído, eu digo não. Para o canal mal planejado entre
a lagoa do portinho e o mangue, e que está secando as pequenas lagoas
temporárias, parte correndo para o mar e parte para a lagoa grande, e
que em nada vai melhorar o cenário na região, porque a grande lagoa e as pequenas secarão ao mesmo tempo, eu digo não.
Para
a ZPE -Zona de Processamento de Exportação, que não tem um quilo de
produto para exportar; que não tem a menor condição de gerar os 30 mil
empregos prometidos; que está tentando exportar vinte ou trinta
toneladas de cera de carnaúba, coisa que o senhor Roland Jacob já fazia
há cinquenta anos, eu digo NÃO. Para o Call Center, que geraria quatro
mil empregos até o próximo mês de agosto; para as filas em postos de
saúde, eu digo não. Para a corrupção que também opera em nosso meio, eu digo não. Para filas nos bancos, filas em pronto socorro, repartições publicas que atendem mal, vamos nos juntar e dizer NÃO.
Para
o desejo que tenho de ver a Santa Casa de Misericórdia restaurada,
modernizada, equipada com o que há de melhor para cuidar da saúde, para
atender centenas de pessoas como fazia há cem anos, eu digo SIM; Para
ver a nossa politica militar, com o contingente que já teve (cerca de 10
mil homens), com policiais treinados, educados, equipados com armas e
veículos capazes de enfrentar o crime eu digo SIM; Por um grande
investimento nos Tabuleiros Litorâneos, para que possamos ter aqui
frutas, verduras e legumes fresquinhos, diretamente do campo, eu digo
SIM. Pelos empresários de Parnaíba, grandes e pequenos, por todos
aqueles que trabalham e mantém viva a economia de nossa cidade, eu digo
SIM.
E para você que acaba de ler este texto, é claro que eu também digo SIM.
(*) Benedito Gomes
Contador (UFPI)
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