A 26ª fase da Operação Lava Jato teve o mandado de condução coercitiva do empresário Lourival Nery para prestar esclarecimentos na manhã desta terça-feira(22). O nome de Lourival Nery teria sido identificado pela Polícia Federal nas anotações de Maria Lúcia Guimarães Tavares, que era secretária do ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht . Segundo as anotações, o empresário teria recebido duas entregas de R$ 500 mil em 2014. Para a Polícia Federal, a suspeita é de que as supostas entregas fazem parte do esquema de propinas na Odebrecht.
Para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal no Paraná, Maria Lúcia, juntamente com Fernando Migliaccio, operava o pagamento de propinas no Grupo Odebrecht. A Polícia Federal identificou que o grupo usava um sistema de contas secretas para dificultar a descoberta das operações
Das anotações de Maria Lúcia, a Polícia Federal chegou ao empresário Lourival Ferreira Nery Júnior. No pedido de condução coercitiva do empresário, os Procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato informaram ao juiz Sérgio Moro que as anotações de Maria Lúcia apontam que Lourival Nery eram identificado pelo codnome “Pequi”.
Os procuradores informam ainda que que duas entregas foram realizadas para “Pequi” no ano de 2014 nos dias 13 e 14 de novembro, na rua Ministro Godoy, no bairro Perdizes, em São Paulo. Os valores das entregas foram de R$ 500 mil cada uma, totalizando R$ 1 milhão. Lourival é citado ainda no pedido do MPF como ex-diretor financeiro da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
OPERAÇÃO ÁGUAS CLARASNão é a primeira vez que Lourival se torna alvo da PF. Em 2012, durante a Operação Águas Claras, o então diretor Financeiro da CBTU foi acusado de fazer lobby para a empresa Allsan Engenharia. A empresa foi apontada como líder de um poderoso cartel para fraudar licitações de empresas estatais, como a Agespisa.
Segundo a acusação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil, Nery estaria recebendo 14% do faturamento mensal da Allsan pelo contrato com a Agespisa, firmado em caráter emergencial. Nery chegou a cair em um grampo da Águas Claras, que para as investigações, "indicam a sua influência e interferência direta junto à presidência da Agespisa, aos advogados da companhia responsáveis pelo procedimento licitatório e com os demais agentes públicos que lhe repassam informações sigilosas".
Leia ainda - Empresário é citado no caso da Operação Águas Claras
Em 2004, Lourival chegou a se candidatar à prefeitura de Teresina.
Imprensa aguarda informações na sede da Polícia Federal no Piauí.
Blogueiro: Aquiles Nairó
Publicado Por: Aquiles Nairó
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