11 de mar. de 2016

FEZ MAIS DE 500 VÍTIMAS:CONSTRUTORA NÃO ENTREGA IMÓVEIS EM PARNAÍBA E POLÍCIA INVESTIGA O CASO

A delegada Carla Brizzi, do Serviço de Operações Especiais, solicitou o sequestro de bens dos dois donos e quatro sócios da construtora imobiliária investigada por receber dinheiro de clientes e não entregar cinco condomínios de apartamentos
em Teresina e Parnaíba. Os empresários são suspeitos de estelionato e crime contra a economia popular.
“O pedido foi feito ao poder judiciário após nós rastrearmos a movimentação financeira da construtora e descobrir transferências bancários entre os donos e os sócios. Os dados contradizem a justificativa dada pelos empresários no inquérito, de que eles não tinham dinheiro para concluir as obras e por este motivo não entregaram os imóveis. Com base nesta informação ficou claro que a intenção do grupo era ludibriar cidadãos que sonhavam com a aquisição da casa própria”, explicou a delegada.
Construtora deixou de entregar cinco condomínios de apartamentos (Foto: Júlio Castro)
Durante a investigação, a polícia também comprovou que os donos da construtora utilizavam laranjas para distribuição indevida de lucros e se passavam por funcionários para não terem documentos registrados em seus nomes. A delegada Carla Brizzi estima que o golpe fez 515 vítimas, algumas delas pagaram à vista, porém não receberam o imóvel.
“Foram instaurados quatro inquéritos policiais para investigar os fatos. O primeiro deles, que se trata do empreendimento, concluímos agora e o Ministério Público Estadual já formalizou o pedido de prisão dos investigados ao juiz. Neste momento, vamos aprofundar as investigações com relação à lavagem de dinheiro da construtora”, revelou Carla Brizzi.

Entenda o caso
A proprietária da construtora no Piauí chegou a ser presa em agosto do ano passado, após clientes registrarem boletim de ocorrência e acionarem o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) porque pagaram e não receberam os imóveis.
Nas investigações a polícia descobriu que dos cinco empreendimentos vendidos pela empresária, apenas dois estavam em construção, enquanto os demais permaneciam parados, mas com previsão de entrega para 2014. Após a constatação das denúncias, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública e o juiz Luiz Moura, da Central de Inquérito, decretou a prisão preventiva da proprietária da construtora.
Cinco dias depois, a empresária foi solta a partir de decisão do Tribunal de Justiça do Piauí. Na determinação o desembargador Pedro de Alcântara Macedo alegou excesso de prazo para a conclusão do inquérito e que a investigada não tinha antecedentes criminais para continuar presa.

Catarina Costa/G1

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