Diderot Mavignier
“É a teoria que decide o que podemos observar. Albert Einstein
Ao nos depararmos com um bicho peçonhento, temos a certeza de que se mantivermos à distância, ele não nos fará mal, pois a sua arma restringe-se ao seu veneno. Já o bicho homem tem a inteligência que lhe permite transformar em veneno tudo que estiver ao seu alcance. Não foi difícil transformar a Filosofia e a História em poderosos e eficientes recursos de manipulação, assim como o avião em arma de guerra, motivo de depressão e ruína de seu inventor.
Culminando no século XIX, homens preocupados com a evolução da sociedade humana criaram as ciências e artes liberais, destinando a inteligência para os estudos positivos. Nos séculos XVII e XVIII, a Filosofia atingiu a quase todas as ordens de fenômenos, respeitando os métodos de observação e comprovação.
Com a sociedade ocidental exigindo novos tempos depois de atravessar as grandes revoluções, gênios do mal logo se adiantaram para fazer uso das descobertas científicas e transformá-las em armas a seu favor e/ou de grupos. Alguns afirmaram que para o homem evoluir, sociedades inferiores deveriam ser subjugadas, ou até eliminadas. Escritos como os do alemão Karl Marx foram aproveitados para se justificar a substituição de uma ideologia por outra, de um grupo dominante por outro, a paz pela guerra, onde a presunção acabou sendo para poucos e o desespero para milhões. Neste contexto, estão as teses da Teoria Crítica, com destaque para a Escola de Frankfurt, onde a ordem estabelecida seria negada e o marxismo seria reinterpretado. Neste jogo, estados foram sorrateiramente criados, divididos ou invadidos através de tratados.
Como uma política sem economia livre jamais pode dar certo, ninguém acertou na dose comunista, logo alguém teria deturpado Marx, e assim, alguém iria instalar o verdadeiro marxismo, sempre com maior intensidade do genocídio justificador. Ao se observar o desastre que a filosofia marxista fez, gênios se prestaram a analisar o que deu errado. Assim, surgem as figuras do italiano Antonio Gramsci e do norte-americano Saul Alinsky. Estes perceberam que uma declarada revolução armada de fogo e provocadora de milhões de mortes jamais seria aceita pela sociedade humana, além de gerar uma estagnação econômica. Logo, as mesmas táticas de animais de sangue frio seriam usadas – ofingimento e o sorrateirismo, chegando-se ao golpe fatal. Também não podemos esquecer o maligno britânico Aleister Crowley com a sua filosofia faça o que tu queres – deverá ser o todo da lei, orientadora das gerações de 60 e 70 do século passado, quando as grandes bandas vulgarizavam a trilogia sexo, droga e rock and roll.
Gramsci definiu como se processaria uma tomada fácil e lenta do poder: através da revolução cultural. Segundo Alinsky, uma revolução silenciosa com Regras para Radicais usadas na guerra política. Para isso, estruturas tidas como conservadoras e burguesas deveriam ser engenhosamente eliminadas: família, religião, educação, estado, pátria e, ao se chegar ao poder, também se chegaria aos meios de produção, dominando-se consequentemente a economia que seria gerida a favor do grupo agora ditador da nova ordem, manobras que facilitariam o processo totalizante.
Para controlar a opinião pública, era preciso eleger os grupos facilitadores, tais como: jornalistas, artistas, professores e alunos principalmente os universitários, e a estes Gramsci chamou de intelectuais orgânicos, e particularmente aos professores e alunos universitários, de idiotas úteis. Mas para isso, era preciso que todos lessem os mesmos livros. No Brasil, foi eleito então, entre outros autores, o francês e comunista Michael Foucault, que em nada difere do genial Marx: para este a sociedade estava dividida entre burgueses e proletários; para aquele, entre opressores e oprimidos. Nas academias brasileiras, as cadeiras de Teoria que antes eram classificadas a partir da Teoria Clássica Antiga, hoje são denominadas de Teoria 1, 2, 3,…, e assim durante um curso se fala de Foucault desde o primeiro até o último dia de aula, e nunca em Sócrates, Platão, Burke, Lévi-Strauss, Cairu etc. Brasileiros?… estes jamais são considerados como pensadores, deixando a universidade com cheiro exclusivamente estrangeiro, pois o que vale é uma bomba filosófica vinda de longe, pronta para nos subjugar e isso começa com o lema francês impresso na nossa bandeira.
No Brasil de hoje, nas universidades principalmente públicas, é a “ciência” foucaultiana a dominante, onde muitos não sabem exatamente para que isso serve, e nem para que grupo político essa teoria reza. Lendo-se nessa cartilha, se destrói a família, a religião principalmente aquelas com moral cristã, a educação, mas também a alta cultura, pois o estado promove apenas artistas e escritores populares que utilizam tons de vermelho. Alguns cantam Nenhuma pátria me pariu…; outros, Um Comunista. Cristo novamente sacrificado é substituído pelo próprio estado, o próprio grupo hegemônico que vira divindade por ser falsamente o tutor dos destituídos. A educação de qualidade deixou de existir, e a alta cultura deixou de ser incentivada. Os meios de comunicação devem promover a vulgarização do ser humano, a prostituição, o adultério, homossexualismo, o aborto, o consumo de drogas, pois o que vale é o prazer fútil, sonífero enganador de todos, principalmente dos jovens que vivem num mundo cada vez mais desprovido de moralidade.
Povo chileno no Dia do Chile, onde é raro ver um imóvel ou veículo sem a bandeira do país, exemplo de patriotismo. A multidão nas ruas carregando bandeiras! Imagem: http://zip.net/bns2rV
Aliado a isso, todos partidos políticos são convidados a governar, levando também sua gorda fatia no bolo nacional da corrupção, o preço do silêncio. Alguns são elevados à categoria de oposição fingida, fazendo até teatro durante as campanhas eleitorais em horário nobre de televisão, e para isto basta saber o que é Foro de São Paulo e Diálogo Interamericano. O escândalo da Petrobrás é um dos maiores da história da humanidade segundo as agências de Transparência, o que tornou a petrolífera a mais endividada do mundo, eliminando o Brasil do grupo dos grandes, onde o pouco de tecnologia que o país tinha foi ralo abaixo, pelo abandono das pesquisas e pela destruição da indústria. O país que lutava para ter voz nas grandes instituições mundiais, hoje está fora de todos os blocos econômicos de cooperação recém-formados, ficando excluído da geopolítica atual. Segundo as agências de classificação de risco, o Brasil não é mais confiável para os investidores, não tendo mais selo de bom pagador.
Para o entretenimento do povo, não é mais preciso pão e circo, o povo é o próprio palhaço, e todos deverão se opor a todos: branco versus negros; homem versus mulheres; heteros versus homossexuais; pobres versus ricos; sulistas versus nordestinos; revolucionários versus conservadores, sendo tudo e todos ultrajantes, aplicando-se a teoria do preconceito e dividindo para reinar como já afirmavam os velhos gênios. Leis que destacam o preconceito são promulgadas, quando o julgamento e a condenação deveriam ser através da escala do caráter, e não do sexo, cor, conta bancária, partido ou cargo político. No Piauí, professores escrevem sobre a participação da província na Independência do Brasil, como uma batalha entre elites e minorias, pois o que vale é a promoção de vaqueiros e roceiros que sem armas enfrentaram, por sua livre escolha, os canhões do comandante Fidié. Lembrando que as tropas deste português eram vergonhosamente formadas de soldados piauienses.
Para os pós-modernos, os ricos são detestáveis agora e sempre, hoje e na História. Como afirma Leandro Narloch Os ricos só ganham o papel de vilões – se fazem alguma bondade, é porque foram movidos por interesses. Já os pobres são eternamente do bem, vitimas da elite e das grandes potências, e só fazem besteira porque são obrigados a isso, e tudo isso movido pelo viés econômico materialista e da vitimização. Quanto à divisão do povo, esta é facilitada pela famigerada urna eletrônica e o pernicioso sufrágio universal, sempre com resultados 51 a 49%, provocando o embate nos incautos, e tudo isso se chamando democracia sujeita a golpe.
Permanecendo neste modelo, o Brasil será levado ao caos total, pois assim melhor e mais facilmente se governa para ruína, para o bem de poucos e não para o bem comum. Lembrando que as teorias dos gênios do mal não são consideradas nem mesmo em seus países de origem. Mas aqui, luta-se pelo projeto de criação da Cátedra Michel Foucault que visa consolidar a PUC-SP como centro de referência para estudos do comunista libertino. Os franceses há tempos sabem que o Brasil não é um país sério e para cá mandaram áudios originais de todos os cursos ministrados por Foucault no Collège de France. Se tivesse valor, a França iria se desfazer desse acervo? Como lembra o cantor e compositor Lobão, sempre alguém tenta um salto, e a gente é que paga por isso. E assim, se vive a descer ladeiras nos degraus da revanche dos gênios. Como disse Anne Frank: Na teoria, você já sabe tudo. Mas e na prática? A história é outra! Mas com certeza vale a pena persegui-la, porém com honestidade.
Fonte: Portal Costa Norte
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