20 de jan. de 2016

Homenagem ao pai amado

            No decorrer da vida conhecemos pessoas muito importantes que começam a fazer parte do nosso dia a dia, das nossas histórias, momentos e lembranças. Familiares e amigos que nos protegem, nos educam, nos ensinam, nos acrescentam e nos amam, mesmo com todos os nossos defeitos. A eles o nosso muito obrigado por nos dar o seu ombro amigo para nos apoiarmos nesse momento de perda, tão difícil em nossas vidas.
            Pai, gostaria que pudéssemos estar frente a frente, porém não nos é permitido.
            Talvez eu nem conseguisse te dizer nenhuma palavra dessas que estou a falar. Aqui eu sei que minhas lágrimas não são visíveis. Aqui minha emoção fica quase imperceptível, camuflada pela composição das linhas que seguem.
            Pai, contigo aprendemos a ser fiel aos nossos princípios.
            Aprendemos a ver além do óbvio e entender que o mundo não se resume ao que parece ser.
            A paixão pela vida que nos envolve é fruto dos inúmeros conselhos com os quais tu nos presenteaste.
            Encantou-nos com o carinho que sempre deu a cada um de nós, fizesse chuva ou fizesse sol. Mais ainda com os 36 anos de carinho dedicados a nossa querida mãe, que era contagiante.
            Aprendemos a agir com presteza, a ser magnânimos e a mirar mais alto do que era contagiante.
            Compreendemos ainda o peso das origens de um pai em nossa vida.
            O valor inestimável das amizades.
            E a coragem de fazer o impensável quando todos discordam de você.
            Nessas frases, quero contar da nossa saudade. Relatar da falta que sempre sentiremos da presença física que sempre nos deste em consolo.
            Em muitas situações daqui para frente, vamos querer correr e refugiar-se em teus braços e nos depararemos no vazio que nos consome a alma.
            Nesse primeiro ano, no silêncio da casa ou no barulho da serraria, nós sentíamos tua presença, que mesmo ausente se fazia presente dentro de nós. E, como um filme, as cenas da história das nossas vidas com você, foram passando. Em cada novo acontecimento, uma lágrima surgia.
            Quanta saudade! Quanta saudade!
            Quem nos dera ter o dom de trazer-te de volta para nós, sem tempo de permanência...
            Quanto sorriso perdido, quanto passeio anulado, quanto abraço desviado!... Esta saudade jamais sarará, ela aperta o peito.
            No meu entender, não consigo compreender os desígnios de Deus, mas sei que estás bem, gozando das glórias celestiais, pois Deus é muito rico em misericórdia.
            Orgulho-me de ser teu filho. Meu sangue é teu sangue. Orgulho-me muito disso.
            Amo-te, Pai.
            Tanto quanto eu, minhas irmãs são orgulhosas, por serem parte viva do teu ser. Sementes que jogaste no solo da vida. Todas essas sementes germinaram, cresceram e todas deram e ainda darão bons frutos.
            Todas as tuas sementes trilham um bom caminho. Tua herança é valiosa e será levada por gerações.
            Pai... Nosso amado Pai, tua lembrança é viva entre nós. Em cada dia que amanhece uma gota de saudade é acrescentada aos nossos corações, pois a saudade se faz na tua ausência.
            Escrevi estas linhas para te homenagear.
            Não encontrarei palavras com significado suficientemente válido para expressar o nosso amor e a nossa saudade.
            Pai, sei que Deus vai permitir que estas palavras ultrapassem os limites do universo e alcancem a tua pessoa. Porque não há, meu Pai, distância que nos separe da tua alma e nem tampouco que apague a chama do teu amor que existe dentro de cada um de nós.
            Papai, agora vamos deixar-te na paz, e que o tempo nos reaproxime lentamente, passo a passo, até tu poderes vir a nos reencontrar, e assim possamos nos abraçar.
            Fica, meu Pai, junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, que em breve tornaremos a te ver.
            De sua família que te ama e sentirá eternas saudades de ti.


Homenagem ao empresário Antônio Carlos de Moraes Souza,
prestada pelo seu filho Fabiano Souza, neste primeiro ano do seu falecimento – 21.01.2016
Enviado por Arlindo Leão

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