O presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (2) que
dará continuidade ao pedido de impeachment feito pelo jurista Hélio Bicudo.
Esse é o
segundo pedido elaborado por Bicudo. O primeiro havia sido rejeitado por Cunha
por não haver base jurídica, o jurista se reuniu com advogados e escreveu um
novo pedido que agora foi aceito.
— Quanto ao
pedido que eu diria que é o mais comentado formulado também pelo doutor Hélio
Bicudo e dos advogados e advogadas que o acompanham contra esse eu proferi a
decisão com o acolhimento da denúncia.
— Trata-se da argumentação de 2014 porém a de 2014 foi por mim refutada
porém a argumentação para o ano de 2015 ele traz indição de decretos sem
números no montante de R$ 12,5 bilhões que foram editados em descumprimento à
lei orçamentária afrontando a lei 1079 no seu artigo 10º parágrafo 4º e sexto
consequentemente mesmo a votação do PLN 5, mesmo ele aprovado e sancionado não
supre a irregularidade de ter sido editada norma em afronta a lei orçamentária.
O presidente da Câmara disse que a decisão foi tomada unicamente com
base no parecer técnico e que a decisão se trata exclusivamente de aceitar o
pedido. O debate do mérito será feito pela comissão especial que será criada
para analisar o caso.
Cunha disse que o processo vai seguir o percurso normal com amplo
direito à defesa e que o anúncio não causa nenhuma “felicidade”.
— Eu não o faço por nenhuma motivação de natureza política. Eu refutei e
rejeitei todos [os pedidos de impeachment] e o rejeitaria se estivesse em
descumprimento da lei.
Cunha citou o projeto de lei que está sendo analisado pelo Congresso
Nacional que altera a meta fiscal do governo em 2015. Ele afirmou que tem
consciência do seu ato e que todos os pareceres a que teve acesso não
conseguiram desconstruir a tese do pedido de impeachment.
— Eu sei que esse é um gesto delicado no momento em que o País atravessa uma
situação difícil, que a economia passa por uma crise, o governo passa por
muitas crises, crises de natureza política, de natureza econômica tendo que
hoje votar um projeto para alterar a meta do superávit, transformando uma
diferença de R$ 119 bilhões.
Fonte: R7
— Eu sei que esse é um gesto delicado no momento em que o País atravessa uma situação difícil, que a economia passa por uma crise, o governo passa por muitas crises, crises de natureza política, de natureza econômica tendo que hoje votar um projeto para alterar a meta do superávit, transformando uma diferença de R$ 119 bilhões.
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