4 de dez. de 2015

O Piaguí e uma marca


Mês passado este impresso inteirou os seus oito anos. Inicia-se agora nova fase e junto dela uma marca: O Piaguí Culturalista, dos periódicos estritamente culturais da história de Parnaíba, é o primeiro a superar a marca dos oito anos; e entre as publicações congêneres que circularam o estado, segue o rastro das revistas Presença, Cadernos de Teresina e De Repente. A primeira, com seus mais de 60 números, editada pelo Conselho Estadual de Cultura, ultrapassou a marca dos vinte e oito anos; a segunda, mantida pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, em 1999 ainda levava a lume a edição 31, contabilizando treze anos de existência; e a última, órgão da Fundação Nordestina de Cordel, já conta mais de 150 números em seus 21 anos de distribuição.
            A sobrevida dessas três revistas nos prova que ainda somos muito novos no campo da publicidade cultural, mas de uma coisa podemos nos orgulhar: diferentemente de Presença,Cadernos de Teresina e De Repente, nós alcançamos esta marca com o apoio unicamente do comércio e tendo a distribuição gratuita, o que por si nos credita um lugar especial na história dos periódicos do estado: o único periódico cultural independente a ultrapassar os oito anos de publicação mensal consecutiva, próxima já da sua edição de número 100 – uma marca heroica! Segue-nos, em nossa cidade, a feliz iniciativa do amigo Benjamim dos Santos Lima, com o jornal O Bembém, na sua edição de número 94 (ano 8); dois títulos, portanto, que juntos vão mostrando ao Piauí a voz cultural emanada do Norte piauiense.
            É claro que estamos discutindo aqui veículos com periodicidade curta, caso contrário se ampliássemos para os anuários, mais do que justo seria acrescentar e reverenciar outras duas iniciativas: a quase secular Revista da Academia Piauiense de Letras, fundada em junho de 1918; e o Almanaque da Parnaíba, criado em 1924 por Benedicto dos Santos Lima mas hoje mantido pela Academia Parnaibana de Letras, que um dia foi anual e agora vem a lume sem periodicidade, a largo prazo – dentro dos 15 anos do século XXI lançou somente três números, o 67 (em 2004), o 68 (em 2006) e o 69 (em 2013).
É por essa e outras que marcas como O Piaguí e O Bembém são importantes para a cidade. Somando forças à difícil trajetória do Almanaque da Parnaíba em manter a sua regularidade, vamos modestamente registrando os trabalhos e as produções de estudiosos, de pesquisadores e de escritores parnaibanos que ano após ano têm lutado por nossos bens simbólicos, a fim de que a nossa história continue viva e registrada nos anais do tempo.
Como não era de esperar o contrário, nesta edição de número 97, que inaugura os trabalhos do nono ano do O Piaguí, retocamos algumas aparências, da logomarca aos cabeçalhos das páginas internas. Esperamos com isso ter ficado a contento do público.
Aproveitamos para agradecer a todos os que fazem deste impresso aquilo que ele é, dos colaboradores aos financiadores; a eles o nosso eterno agradecimento. E “vamos que vamos” – o ano nove “tem muito chão”!

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